04 out, 2015 - 22:11
O líder da Coligação Democrática Unitária (CDU) considera que a ilação mais importante destas eleições é a "enorme perda de votos e de deputados" da coligação PSD/CDS. Para Jerónimo de Sousa esta é uma "clara condenação".
Em declaração na sede da candidatura, no centro de trabalho comunista Vitória, em Lisboa, falou numa "derrota confirmada" dos projectos do “quero, posso e mando do PSD e CDS e do assalto aos rendimentos".
"Perderam a maioria e são fortemente castigados pelo povo português", sublinhou.
"O resultado de PSD e CDS, independentemente de ter sido a coligação mais votada, expressa uma clara condenação face aos quatro anos de governo", afirmou Jerónimo de Sousa, enaltecendo a "luta e o combate trabalhadores, do povo e da CDU".
"Com este quadro, o PS tem condições para formar Governo, mas têm de perguntar ao PS", declarou ainda Jerónimo de Sousa, depois de reiterar que os partidos do Governo perderam "a maioria" e foram "fortemente castigados pelo povo português".
Quanto à hipótese de Passos Coelho e Paulo Portas poderem voltar a formar um Governo, "O PCP e "Os Verdes", pela sua parte, rejeitarão na Assembleia da República qualquer tentativa e essa pretensão será derrotada, a menos que o PS a viabilize", prometeu.
O dirigente assegurou que os deputados eleitos da CDU e do PEV vão sempre defender os interesses dos trabalhadores e do país e no arranque dos trabalhos parlamentares vão apresentar um conjunto de iniciativas: aumento do salário mínimo para 600 euros, subida do valor real das reformas, combate à precariedade e valorização da contratação colectiva.