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Montalegre recupera gaita-de-foles

04 out, 2015 - 11:02

Escola de Música Tradicional do Larouco abre para promover o ensino da gaita-de-foles e de precursão tradicional, género musical que “faz parte da identidade e das origens” dos barrosões.

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O concelho de Montalegre conta, a partir de agora, com um novo projecto: a Escola de Música Tradicional do Larouco (EMTL), que visa promover o ensino da gaita-de-foles e percussão tradicional. Abre portas no dia 10 de Outubro e as aulas decorrerão às sextas-feiras e aos sábados, na sede de concelho.

A escola é a “concretização de um sonho que, ao longo de vários anos, foi ganhando corpo”, refere o vice-presidente do município, David Teixeira, salientando que este género musical “faz parte da identidade e das origens” das gentes locais e “está no ouvido dos barrosões”.

“A gaita-de-foles tem a ver com a cultura celta enraizada neste território, tem a ver com os pastores e a montanha e a nossa identidade, com a presença de cultura castreja neste território”, explica o autarca.

Numa fase inicial, o curso vai funcionar com três disciplinas nucleares, designadamente formação musical, classe conjunto e instrumento, cada uma com duração de 90 minutos semanais, que irá proporcionar um grau académico na área musical.

O objectivo dos promotores é abrir duas turmas, uma para toda a comunidade e outra dirigida aos mais novos.

A Escola de Música Tradicional do Larouco nasce de uma parceria entre a autarquia, a Academia de Artes de Chaves e a Associação Projeto Enraizarte.

“Oportunidade única”

Marcelo Almeida, director da Academia de Artes de Chaves, justifica a escolha de Montalegre para a implementação da escola por se tratar de “um exemplo na forma de gerir e investir na cultura tradicional”.

“Abrir esta escola é também descentralizar para um local com muita tradição oral e musical”, o que possibilita recuperar e preservar as tradições através da recolha de mais músicas, mais letras, mais tradição”, acrescenta o músico.

Gorete Carneiro, do Ecomuseu de Barroso, frisa que esta é uma “oportunidade única”, sobretudo para “transmitir às novas gerações a identidade musical da região”.

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