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Entrevista à Renascença. Portas promete acelerar descida de impostos se houver estabilidade

30 set, 2015 - 09:53 • Paula Caeiro Varela , Teresa Abecasis

Em entrevista à Renascença, o líder do CDS garante integridade das pensões e acusa o PS de se ter radicalizado.

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Portas promete acelerar descida de impostos se houver estabilidade
Portas promete acelerar descida de impostos se houver estabilidade

A coligação PSD/CDS “está à frente”, diz Paulo Portas, mas ainda não há garantias de estabilidade. O vice-primeiro-ministro promete acelerar aumento dos rendimentos se houver estabilidade e crescimento económico.

“Há um certo sentimento de que a coligação vai à frente, mas não há a garantia de uma maioria estável. Para haver recuperação de rendimentos é preciso um governo nítido, claro e com uma maioria que seja estável”, afirma Portas em entrevista à Renascença.

O líder do CDS começa por justificar o optimismo da coligação com o crescimento económico do último ano, mas também com a atitude do PS. Para Portas, o Partido Socialista radicalizou o discurso, ao prometer chumbar o Orçamento do Estado se a coligação PSD/CDS vencer, algo que ninguém esperaria quando, diz o centrista, as eleições se ganham ao centro.

“Isto assustou as pessoas que não querem o regresso à instabilidade e ao que isso pode significar”, continua o vice-primeiro-ministro, para quem a atitude dos socialistas ameaça que Portugal se torne um país sem governo e sem orçamento, pondo em risco a recuperação económica. Isto numa altura em que, segundo Portas, Portugal está “a um passo do rating de investimento”, ou seja, de voltar a ser indicado como um país em que é seguro investir.

Já se a vitória for da coligação e com uma maioria estável, o que Portas promete é que “aquilo que mais afectou as pessoas” – o aumento de impostos e os cortes nos salários e nas pensões – “será reversível nos próximos quatro anos”. E vai ainda mais longe: “Se as circunstâncias permitirem, aceleraremos o que está previsto.”

O vice-primeiro-ministro também garante “a integridade das pensões”, sem qualquer regresso da contribuição extraordinária de solidariedade (CES), o aprofundamento da reforma do IRC e “levar mais longe o quociente familiar”.

Questionado sobre o que pode viabilizar em caso de vitória do PS, Paulo Portas recusou comentar cenários em que a coligação PSD/CDS não seja vencedora. “Temos um plano A”, afirma, considerando que a vitória é possível. “A coligação está à frente. Tenho o dever de maximizar o melhor para o país."

"A realidade está a ajudar-nos nessa matéria, estamos a crescer todos os dias um bocadinho e a distância do PS a aumentar todos os dias um bocadinho”, continua Portas, que pede “uma maioria estável e duradoura, uma maioria tranquila”, e promete que PSD e CDS saberão “dialogar com a oposição responsável”.

Veja a versão alargada da entrevista a Paulo Portas
Versão alargada da entrevista
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  • Se de condicional...
    02 out, 2015 Fnc 14:58
    Democracia dos "se"! Estabilidade, se...Sempre o eterno "se" do condicionamento, da chantagem, da cultura do medo, o mesmo "se" que agitava com novo memorando da troika, com novo pacote de austeridade, o mesmo "se" que desafiava o TC, a Constituição, sempre o "se" presente! Uma das marcas de estilo desta governação! Aproveite-se então a oportunidade de limpar tal "se", convidando a coligação a emigrar para outras paragens como a tantos fez!
  • Fernando Costa Santos
    01 out, 2015 Silves 15:50
    Até compreendo que a coligação não deve ganhar as eleições por tudo quanto fez e disse, mas muito mal está a oposição de um país que não tem pessoas novas e credíveis para destronar estes governantes. É sinal que não existe oposição unida e patriótica. Os portugueses devem exigir novas caras e novas políticas. Não será uma vitória do governo mas uma derrota da oposição.
  • O rh-
    01 out, 2015 Cá 13:16
    Tem vergonha!!!
  • Promessas
    30 set, 2015 lx 18:52
    de irrevogavel, são revogaveis...Força Costa! A Vitória é possível, está ao alcance e por muito mais, do que as sondagens manipuladas, nos querem convencer! O povo não é estúpido e sabe bem que quem está a ser julgado, para ser penalizado por todo o mal que fez durante 4 anos, são os partidos PSD e CDS de Passos Coelho e Paulo Portas, que estiveram a governar e que se tentam esconder numa "coligação" "Paf", para tentarem enganar o povo, branquear e ajudar o acólito chefe do CDS! São estes que estão a escrutínio nestas eleições e mais ninguém! Foram eles que governaram, são eles os responsáveis! Dia 4, deve ir toda gente votar e concentrar votos no PS, para que esta direita troglodita, faça as malas e desampare o poder. Basta de tanta maldade e de tanta divisão social! Os portugueses são pessoas de bem e não merecem serem tratados conforme foram, por esta direita, durante 4 anos! A indignação é total para corrermos com eles no dia 4 e partir para novos tempos de esperança, todos juntos! Precisamos de acreditar e para isso é preciso esperança! Do Minho ao Algarve, todos aqueles que sofreram durante estes 4 anos com esta direita sem escrúpulos, só podem e devem ir votar, não se absterem, e concentrar votos no PS. Só estes votos poderão penalizar esta direita e removê-los do poder! Não se deixem levar por discursos de divisão, ou por falsos bons samaritanos. Força e Esperança!
  • Só promessas
    30 set, 2015 lx 18:48
    Onde está o programa eleitoral da "Paf"? Nem o leio nem o vejo! Passou a "Puf" e dissolveu-se! Querem um cheque em branco? No dia 4 irão ter é um cartão vermelho directo por agressão à integridade fisica e à inteligencia dos portugueses!
  • AO SR. VITOR
    30 set, 2015 Lx 16:58
    Sr. Victor, quando diz ...."Eu quero para o meu país governantes pragmáticos, trabalhadores, que além de tirarem o meu país da falência, dinamizaram a economia, criaram emprego e os portugueses sabem com quem podem contar para um Portugal melhor...." Agora a sério, está mesmo a falar de quem? É que estou farta de pensar e ainda não cheguei lá....É que tenho a cabeça cheia de memórias, de centenas de noticiários dos últimos 4 anos -, com miséria, fome, separação de famílias, cortes na saúde, na educação, nas reformas...a degradação de um país...lapsos , enganos, mal entendidos, justificações esfarrapadas, mentiras, mentiras, mentiras, mentiras...desemprego, desemprego, desemprego, miséria, miséria, miséria, miséria.... A sério, estava mesmo a falar de quem?
  • Zulmiro
    30 set, 2015 Travessas 15:49
    Irrevogável é prendê-lo a seguir às eleições (se as perder)!
  • contagem ?
    30 set, 2015 FARO 15:07
    O POVO TEM POUCA MEMÓRIA .... VAMOS REGRESSA AO 24 DE ABRIL DE 1974
  • rfm
    30 set, 2015 Coimbra 15:00
    o governo promete, o CDS promete, o PSD promete, o Dr. Portas promete, o Dr. Passos Coelho promete, a indústria do comentariado e a quase totalidade dos média ajudam, sabendo eles que nada se concretizará, porque depois das eleições regressão e em força os cortes em tudo, o desemprego, a crise, as expropriações e proibições de exercer direito ao fim de 40/45/50 ou mais anos de descontos para o regime geral e o pagamento dos prejuízos da banca. Nestas eleições há algo parecido com as do antes do 25 de Abril, onde que não pensa como a situação é desprezado.
  • LC
    30 set, 2015 Lisboa 14:43
    Para o Irrevogável há sempre um SE...

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