Mais de 100 mil portugueses deixaram o país pelo segundo ano consecutivo

30 set, 2015 - 07:12

Reino Unido, Suíça, França, Alemanha e Espanha lideram os destinos preferidos.

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A emigração continua elevada. O Observatório da Emigração estima que a saída de portugueses do país em 2013 e 2014 tenha estabilizado, em alta, nos 110 mil por ano.

"A perspectiva era que em 2014 a emigração tivesse baixado, porque o número de pessoas com disponibilidade para emigrar também se esgota. Fiquei surpreendido que ainda se tenha mantido em 2014", afirmou à agência Lusa o sociólogo Rui Pena Pires, do Observatório da Emigração.

Segundo o também professor universitário, o "mais provável é que em 2015 comece a descer".

Apesar de a tendência de 2013 e 2014 ser de estabilização, o número de portugueses que emigraram só tem "paralelo com finais dos anos de 1960 e princípios dos anos de 1970", sublinha.

Destinos preferidos

Questionado sobre quais os principais países para onde emigram os portugueses, Rui Pena Pires disse que são Reino Unido, Suíça, França, Alemanha e Espanha.

"Mas com o Reino Unido muito destacado, com cerca de 30 mil pessoas por ano", aponta.

Os dados publicados pelo Observatório da Emigração sobre as saídas totais de portugueses são estimados com base na soma de dados recolhidos em 15 países europeus, mais Angola, Brasil e Moçambique.

"Os dados que foram colocados são provisórios, porque são feitos com informação disponível no final do primeiro semestre deste ano, faltando informação sobre a França e Suíça", explicou o sociólogo, sublinhando que até ao final do ano haverá uma ligeira correcção em alta.

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Comentários

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Rodrigues
30 set, 2015 Aveiro 21:47
Ao Sr. Rodrigues 30 Set, 2015 Lx 10:58 "de incógnito" Considerou o meu texto, que é realista, como poético. Como considerar o texto da sua resposta? Claro que compreendo perfeitamente o que refere e por assim considerar desde muito cedo, quando as dificuldades eram bem maiores que as que se têm atravessado ultimamente sempre recusei sair do país antes procurando trabalhar e procurar produzir riqueza cá para o bem geral. Claro que não sobrou tempo para lazer e diversões pois que partir do zero ou mesmo abaixo do zero não permitia veleidades. A verdade é que cá convivi e trabalhei com gente que de outros países vieram para ganhar a vida cá em Portugal tendo deixado os seu no seu país. E quando analisamos a história do planeta verificamos que os povos antigos eram nómadas o que era um nome para o que hoje chamamos de emigração. Quanto a culpas acho melhor recuar um pouco mais e ver que a culpa real é dos governos anteriores e se o próximo governo, da coligação, do ps ou de qualquer outro partido ou coligação de partidos, de direita esquerda, extrema esquerda ou extrema direita, se não continuar a linha de contenção de consumo e de ganhos de produtividade o País em vez de sair do atoleiro irá continuar a afundar. Muitos passarão para começar a sentir-se a diminuição do valor em dívida no que à pública + privada diz respeito.
Ao Sr. Rodrigues
30 set, 2015 Lx 10:58
...Caro senhor, estamos a falar de milhares de pessoas obrigadas a emigrar, deixando as suas famílias para trás, causando danos colaterais, possivelmente irreversíveis. Pense nos filhos pequenos que crescem sem os país por perto, sem a sua proteção, sem o seu carinho...; Pense naqueles que têm que deixar para trás os seus familiares idosos, sabendo que não vão poder acompanha-los nos últimos anos da sua vida, quando eles mais precisam, e quando lhes devem tanto...e por aí fora....Uma coisa é emigrar para estudar ou trabalhar uns anos lá fora e regressar (ou não) mais evoluído, com vista a um futuro melhor....Outra coisa é emigrar obrigado, sem dinheiro para levar a família junto, e com a dor no coração, da noção da perda de momentos familiares únicos, que jamais serão recuperados....O Sr. Rodrigues escreveu um comentário muito poético...mas eu não consigo ver qualquer tipo de poesia neste género de emigração. Na minha opinião sabe quem são os culpados? Aqueles que eu vou tentar despejar, para a RUA, no dia 4. Para acabar com estas situações que em nada dignificam Portugal.
Zacarias
30 set, 2015 Seixal 10:37
A culpa é do desgoverno ladrão que arruinou o País e phodeu a vida à maioria das pessoas, que não tiveram outro remédio se não emigrar à procura de melhores dias que por cá não vão haver tão depressa!
açor
30 set, 2015 terralinda 09:56
Concordo com o seu comentário, Paulo. Mas o pior é que este governo é o primeiro a dar o mau exemplo, basta ver nas câmaras municipais e juntas de freguesia, são aos montes que despejam para lá, contrato por seis meses ou um ano, para depois estes retirarem serviço ao pessoal do quadro, o objetivo é acabar com o pessoal do quadro e fazer cada vez mais precariedade no emprego, as pessoas deixam de poder fazer planos para uma vida estável, para poderem ficar em instabilidade toda a sua vida. Por isso que esperar do privado???? O que se passa neste país é uma vergonha, as pessoas deixaram de contar para se governar para uma divida impagável. Este governo não passa de uma marionete, como outros que entrarão não passarão do mesmo nesta ditadura europeia....votar??? Em quem??? É realmente desanimador viver neste país. Infelizmente muitos têm que viver porque não têm muitas vezes alternativa. Como é ridículo ver determinados políticos ou apoiantes dizerem que isto está no bom caminho, como se as pessoas fossem parvas. Muita gente deveria de passar por aquilo que muitos passam, para pensarem duas vezes nas parvoíces que dizem....
Nuno
30 set, 2015 Australia 09:47
Ja perceberam agora porque esta a descer a taxa de desemprego??? A continuar assim, Portugal vair ser o pais do Mundo com menos desempregados, com mais idosos e com menos empresas.
Rodrigues
30 set, 2015 Aveiro 09:38
E não foi sempre assim desde que Portugal existe como Nação? E não é assim que os seres humanos evoluem em todos os sentidos? No momento presente somos uma comunidade composta por 27 países e dentro destes muitos são os que têm entre si plena liberdade de movimento de pessoas e bens pelo que não existe emigração mas sim imigração o que não é a mesma coisa. Lembremos que neste rectângulo à beira mar tempos houveram em que as migrações se faziam sazonalmente para fazer face a trabalhos temporários. Bom? Mau? A verdade é que o ser humano sempre quer o que de momento não tem para, assim que obtém, logo põe de lado porque afinal quer uma outra coisa.
Só não vê quem não quer...
30 set, 2015 Lx 09:16
O Portugal à Frente, está a deixar Portugal para trás...como todas as pessoas por eles obrigadas a emigrar, possivelmente para sempre. Só não vê quem não quer!
José Silva
30 set, 2015 Bruxelas 09:09
E o ano de 2015 vai ser mais do mesmo . Pouco novos empregos em Portugal e o que ha não chega. Em 2015 vai haver outra vez no minimo 100 mil novos emigrantes que não voltam . E 2016 e 2017 também ainda vão ser iguais.
João
30 set, 2015 oeiras 08:56
Portugal à frente!
É isto
30 set, 2015 Pt 08:41
Que nos continuará a oferecer o "pafismo" de uma "PaF" que esconde e martela numeros para nos continuar a iludir e a enganar. O "pafismo" será derrotado no dia 4 mas para termos a certeza disso há que concentrar votos no maior partido que os poderá derrotar, ou seja neste caso, o PS. Força e esperança rumo á vitoria!

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