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​Passos pede a Costa acordo sobre pensões. “Não lhe caem os parentes na lama"

21 set, 2015 - 10:58

Líder do PSD rejeita acusações de que a coligação se prepara para fazer privatizações na educação e saúde.

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A insistência é do líder da coligação Portugal à Frente. Passos Coelho não desiste de um acordo com o PS sobre a Segurança Social e pede ao secretário-geral dos socialistas para repensar a sua resposta.

“Digo ao Dr. António Costa: não lhe caem os parentes na lama, não perde um único voto por causa disso, repense o que disse e disponibiliza-se para fazer aquilo que é importante para Portugal, a reforma da Segurança Social que não quis fazer antes das eleições mas pelo menos que a possamos fazer depois das eleições”.

Passos Coelho defendeu que "este é um problema real" que é possível "resolver sem instabilidade, sem pôr em causa as pensões em pagamento".

Depois, fez uma distinção entre as medidas aplicadas nos últimos quatro anos aos pensionistas e as políticas que projecta para o futuro: "Uma coisa foi o tempo de excepção que vivemos e que ultrapassámos, em que todos fizemos sacrifícios na medida das nossas possibilidades, outra coisa é o tempo que estamos a viver. São coisas diferentes", afirmou Passos num jantar, domingo à noite.

Na sua intervenção, Passos Coelho considerou que o Governo PSD/CDS-PP fez o que devia e não falhou e voltou a rejeitar as acusações de que se prepara para fazer privatizações nos sectores da educação e da saúde e de que quer destruir o Serviço Nacional de Saúde: "Dá vontade de rir".

Por outro lado, sugeriu que, se o PS voltar a governar, há o risco de um novo resgate, referindo que anteriores governos socialistas "tiveram de chamar o Fundo Monetário Internacional (FMI)" e perguntando se "terá de ser assim no futuro" e se "será um fatalismo".

Por seu turno, o presidente do CDS-PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, voltou a insistir na acusação de demagogia ao secretário-geral do PS, desta vez sobre portagens.

"O primeiro-ministro foi recentemente a uma região do interior dizendo que o Governo deixaria pronto para o próximo Governo a possibilidade de fazer uma discriminação positiva a favor das regiões do interior tanto para famílias como para mercadorias", introduziu Paulo Portas.

"O doutor António Costa terá ouvido isto e deve ter pensado: tenho de dizer mais. Então, hoje foi dizer que acabava com as portagens. Mas ele não queria usar as portagens para financiar a Segurança Social há uns dias atrás?", questionou.

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