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Comissão Nacional Justiça e Paz contra a indiferença perante "quem nos bate à porta"

14 set, 2015 - 09:21

“Ser fiel às raízes cristãs da cultura europeia é adoptar comportamentos coerentes com a mensagem cristã. Não há coerência quando se recusa o acolhimento de refugiados por não partilharem a fé cristã", lê-se numa nota divulgada.

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A Comissão Nacional Justiça e Paz emitiu, esta segunda-feira, uma nota sobre a crise dos refugiados que se vive na Europa, defendendo que “não podemos reagir com indiferença”, se “nos batem à porta”.

A nota, intitulada “Que fizeste do meu irmão?”, começa por lembrar que este é o mais grave êxodo de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, envolvendo pessoas que são “vítimas da guerra, da opressão ou da miséria extrema”. O texto faz um sublinhado: “Não são potenciais terroristas; pelo contrário, muitas delas fogem da violência gerada pelo fundamentalismo”.

“Quando estas pessoas nos batem à porta, não podemos reagir com indiferença”, sustenta a CNJP, argumentando: “ São irmãos e irmãs que reclamam a nossa ajuda.”

O texto da CNJP reforça: “Ser fiel às raízes cristãs da cultura europeia é adoptar comportamentos coerentes com a mensagem cristã. Não há coerência quando se recusa o acolhimento de refugiados por  não partilharem a fé cristã.”

A nota reconhece a realidade de haver “também entre nós” muita gente que vive “dificuldades e situações graves de pobreza”, mas sustenta que “as situações destes refugiados são, de um modo geral, muito mais graves do que aquelas com que nos deparamos em Portugal”.

“Não pode, por isso, contrapor-se a solidariedade para com estes refugiados à solidariedade que continua a ser devida aos portugueses que sofrem: uma não exclui a outra”, lê-se.

O texto termina lembrando a constituição da Plataforma de Apoio aos Refugiados, estrutura a que a CNJP aderiu e com a qual todos os cidadãos podem colaborar.

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