Tempo
|
A+ / A-

Asia Argento, voz do #MeToo, acusada de agressão sexual

20 ago, 2018 - 13:32

A atriz e realizadora italiana está entre as dezenas de mulheres que denunciaram uma série de casos que vão desde comportamentos sexuais abusivos a acusações de violação por parte do produtor norte-americano Harvey Weinstein.

A+ / A-

A atriz italiana Asia Argento, uma das vozes do movimento #MeToo, terá chegado a acordo com um jovem que a acusou de agressão sexual, quando ele tinha 17 anos e ela 37, avança o "The New York Times".

De acordo com o jornal, Asia Argento terá chegado a acordo com o jovem ator e músico Jimmy Bennett, que a acusou de o ter "agredido sexualmente, no quarto de um hotel na Califórnia, quando ele tinha 17 anos e ela 37". O jornal recorda que naquele estado norte-americano a idade de consentimento para relações sexuais é aos 18 anos.

A acusação não chegou a ser formalizada na justiça.

O jornal assegura que teve acesso a informação trocada entre os advogados de Asia Argento e de Jimmy Bennett onde estão documentados a acusação e o acordo - fixado em cerca de 333 mil euros.

O "The New York Times" refere que os documentos, que incluem "uma 'selfie' datada de 9 de maio de 2013, dos dois deitados numa cama", foram enviados para a redação por "uma fonte anónima, através de um email encriptado".

A autenticidade dos documentos foi confirmada ao jornal por três pessoas "familiarizadas com o caso".

O The New York Times refere que tentou, várias vezes, contactar Asia Argento e os seus representantes e advogados, mas não obteve qualquer resposta. Jimmy Bennett recusou-se a falar com o jornal.

Jimmy Bennett tem, atualmente, 22 anos e Asia Argento 42. Os dois contracenaram juntos em "The Heart Is Deceitful Above All Things", realizado por ela em 2004, no qual o ator interpretava o filho da atriz e realizadora.

A atriz e realizadora italiana está entre as dezenas de mulheres que denunciaram uma série de casos que vão desde comportamentos sexuais abusivos a acusações de violação por parte do produtor norte-americano Harvey Weinstein. O chamado 'escândalo Weinstein' rebentou em outubro do ano passado, com a publicação de artigos no jornal The New York Times e na revista The New Yorker.

Asia Argento acabou por tornar-se um dos rostos do movimento #MeToo (#EuTambém, na tradução em português, e usado como frase-chave para o movimento de denúncia e combate a assédio sexual de mulheres, espoletado pelas denúncias contra Harvey Weinstein). Em maio, no Festival de Cinema de Cannes, França, discursou contra o assédio e revelou ter sido violada ali por Harvey Weinstein em 1997, quando tinha 21 anos.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • António Costa
    21 ago, 2018 Cacém 00:06
    O comentador António Costa assina com o seu nome. Não insulta terceiros debaixo da cobardia do anonimato. Não tenho culpa que fascistas, como o Anónimo mudem conforme sopra o vento. Tanto defendem o Trump como o atacam pelas mesmas razões. Escondem-se por detras do anonimato. Homens e Mulheres, com poder, cometem os mesmos abusos, conforme ficou demonstrado com esta notícia.
  • Anónimo
    20 ago, 2018 20:45
    Ó comentador "António Costa", tu devias era ser processado por usar o nome de outra pessoa! Tu não passas de escumalha misógina e não és muito diferente de Trump ou da mulher da notícia. Por isso assinas com um nome falso!
  • Cidadao
    20 ago, 2018 Lisboa 20:20
    O assédio é uma questão de Poder. Quando alguém está numa posição de Poder, é melhor para todos que esse alguém tenha príncipios e moral. Caso contrário vai importunar e assediar subalternos, seja Homem ou Mulher. Há menos assedio por mulheres mas isso só se deve a 2 coisas: vergonha dos homens de falar, e não haver tanta mulher como isso, em posições de verdadeiro Poder.
  • António Costa
    20 ago, 2018 17:51
    O chamado assédio tem sempre a mesma origem, poder. Independentemente de se ser homen ou mulher. O #MeToo é uma palhaçada. O problema é que muitos dos "Weinsteins" já passaram dos 65 anos.....pois quando tinham 17 anos ninguém apresentava queixa....
  • Filipe
    20 ago, 2018 évora 14:13
    Normalmente quem denuncia casos sexuais normalmente os faz para encobrir os próprios casos ... normalmente aqui a galinha da vizinha é melhor que a minha , dá muito prazer sexual .

Destaques V+