15 ago, 2018 - 00:39
Um dos parceiros da coligação do Governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, diz que é contra uma trégua de longo prazo com o movimento Hamas, no poder em Gaza.
O ministro da Educação, Naftali Bennett, líder do partido nacionalista Foyer, garante que a sua formação vai opor-se a qualquer acordo sobre uma trégua prolongada caso fosse submetida a votação no Governo.
Desde julho, a Faixa de Gaza e as zonas periféricas israelitas sofreram três focos de violência, o último dos quais durante a semana passada, que foi um dos mais violentos confrontos entre Israel e o Hamas desde a guerra de 2014. Na quinta-feira, sob a égide do Egito e das Nações Unidas, foi decretada uma trégua, que todos consideram ser bastante frágil.
A instabilidade na Faixa de Gaza aumentou com o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno. Pelo menos 162 palestinianos foram mortos a tiro por israelitas no enclave desde que começaram, a 30 de março, as manifestações ao longo da barreira de segurança com Israel para denunciar o bloqueio imposto há mais de 10 anos e exigir o direito de regresso dos palestinianos às terras de onde fugiram ou foram expulsos quando o Estado hebreu foi criado em 1948.
No último mês registaram-se várias escaladas de tensão, com disparos a partir de Gaza, manifestações e tentativas de infiltração e bombardeamentos e disparos israelitas.