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​Dicas para fotografar o maior eclipse lunar do século

27 jul, 2018 - 18:23 • Ouça a entrevista moderada por Ana Galvão

Quantas vezes tentou tirar um retrato à lua com o telemóvel e o resultado é um pontinho luminoso lá ao fundo?

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Catarina Limao - Eclipse D27

Quantas vezes tentou tirar um retrato à lua com o telemóvel e o resultado é um pontinho luminoso lá ao fundo? Na Tarde da Renascença, a fotógrafa profissional Catarina Limão dá algumas dicas para fotografar o maior eclipse lunar do século, que acontece esta sexta-feira.

Em Portugal, a Lua nasce às 20h47 (hora de Lisboa) e o meio do eclipse (que corresponde ao máximo do eclipse visível) acontece às 21h22. O pôr-do-Sol ocorre às 20h52. Para o fenómeno ser observável, o céu tem de estar limpo e a linha de horizonte, a nascente, desimpedida.

Ponto prévio

Quando tirar uma fotografia à lua com um “smartphone”, parta com “baixas expectativas”, avisa Catarina Limão. “Não há nenhuma fotografia que possamos fazer à Lua, com nenhum dispositivo, em que não seja preciso algum trabalho: posicionamento especial, alguns parâmetros da máquina. Seja a máquina mais profissional, seja um ‘smartphone’, temos sempre que ter consciência do que precisamos para alcançar o objetivo que queremos, porque a Lua está muito longe de nós.

Localização

Para tirar uma boa fotografia à Lua a escolha da localização é essencial. Se possível, instale-se num lugar alto ou com uma vista ampla e tendo em conta a zona do país. “Dizem que a Lua hoje, o sítio onde devemos olhar, é para Leste, um pouco virado para Sul”.

Alguns sítios recomendados: Parques das Nações, em Lisboa; Capela da Nossa Senhora da Rocha, em Faro; ou Miradouro do Sagrado Coração de Jesus, em Braga.

Colocar o telemóvel numa base estável

Colocar o “smartphone” num tripé, num muro ou num banco, por exemplo, e usar um temporizador. “Esta dica é essencial para ter uma foto decente”, refere Catarina Limão.

Focar e reduzir a luminosidade

Deve focar muito bem a Lua, com o dedo o ecrã, e tentar baixar a luminosidade, ao máximo, no “smartphone”. “Queremos ter um céu muito preto e uma lua com detalhe”.

Zoom

“Temos muita tendência para olhar para a Lua e fazer um zoom com o smartphone”, para fazer um plano mais aproximado, mas, como se trata de um zoom digital, a imagem vai “perder muita qualidade”. Daí a importância de escolher uma boa localização, para tentar evitar o zoom digital.

Aplicações gratuitas

Para quem pretender fotografar com um “smartphone”, há aplicações gratuitas para fotografar de noite, com parâmetros específicos para otimizar a captura de imagens noturnas.

Telescópio

Como a Lua está muito distante da Terra (384,4 mil quilómetros), uma boa opção será tirar a fotografia através de um telescópio. Em Lisboa, na zona de Belém, o Planetário tem uma iniciativa prevista.

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