Tempo
|
A+ / A-

Detido chefe do SEF de Albufeira por suspeita de corrupção

26 jul, 2018 - 13:09 • Celso Paiva Sol

Inspetor-chefe da delegação de Albufeira recebia dinheiro para facilitar processos de concessão de autorizações de residência.

A+ / A-

O chefe da delegação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em Albufeira foi detido esta quinta-feira pela PJ por suspeitas de corrupção.

Ao que a Renascença apurou junto de várias fontes policials ligadas ao processo, a detenção ocorreu ao início da manhã, à porta de casa do suspeito em Albufeira, quando saía para mais um dia de trabalho. Joaquim Patrício foi surpreendido por uma equipa da Judiciária, que não só lhe deu ordem de prisão, como realizou uma busca à sua residência.

A outra busca pedida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro foi ao seu gabinete na delegação do SEF de Albufeira, de onde a Judiciária levou tudo o que lhe possa servir de elemento de prova.

Em causa estão os indícios, recolhidos durante um ano de investigação, de que este inspetor-chefe do SEF recebia dinheiro para facilitar processos de concessão de autorizações de residência.

Nuns casos acelerava os processos, noutros fecharia os olhos a determinadas irregularidades, sendo que exigia como contrapartida quantias que podiam chegar a algumas centenas de euros.

Os investigadores têm identificadas algumas dezenas de casos, envolvendo cidadãos de várias nacionalidades, mas sobretudo indianos, paquistaneses e russos.

Este inquérito-crime começou há sensivelmente um ano e teve origem numa denúncia efectuada pelo próprio SEF, serviço que colaborou com o Ministério Publico e com a Judiciária durante toda a investigação.

Joaquim Patrício tem 56 anos e está a chefiar a delegação do SEF de Albufeira desde meados do ano passado, altura em que começou a ser investigado.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Filipe
    26 jul, 2018 évora 17:56
    Imagino dentro do Estado a teia de suspeitos corruptos por corrupção , agora se são depois condenados com transito em julgado ou absolvidos porque falta uma virgula ou erro de Português na sentença , outros assunto e depende das verbas disponíveis para a defesa mamar e distribuir .
  • Ladroagem impune
    26 jul, 2018 Lisboa 17:16
    O Macedo pelos vistos fez escola. Tudo mestres do mesmo oficio e tudo gado do mesmo curral. De certeza que vai dizer que está inocente e de consciência tranquila. Mais um processo que vai custar uma pipa de massa e que se chegar a julgamento se vai traduzir numa pena suspensa.
  • Fernando Machado
    26 jul, 2018 Porto 15:12
    Um ano ? Andamos a brincar aos policias e ladrões ? Tanto tempo para o "prender" por suspeita ? E já agora se nada se provar ? O fulano tem direito e ser indemnizado ? A imprensa sempre à cata de notícias vem dizer : afinal o fulano nada fez ?
  • VICTOR MARQUES
    26 jul, 2018 Matosinhos 14:12
    "Ladrão que rouba a ladrão"...

Destaques V+