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Tancos: Ministro espera que não haja "demasiadas violações do segredo de justiça"

23 jul, 2018 - 14:58

“Eu até posso parecer, mas não sou da Polícia Judiciária e, portanto, aquilo que eu tinha a dizer já o disse. É uma matéria que está em segredo de justiça", diz Azeredo Lopes.

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O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, reiterou, esta segunda-feira, que “não há nada a assinalar” sobre a investigação ao roubo de material militar em Tancos e disse esperar que não existam “demasiadas violações do segredo de justiça”.

“Eu até posso parecer, mas não sou da Polícia Judiciária e, portanto, aquilo que eu tinha a dizer já o disse. É uma matéria que está em segredo de justiça. Fui ao parlamento pela quarta, quinta ou sexta vez sobre esta questão. Não havendo nada a assinalar, não há nada a assinalar”, adiantou, em declarações aos jornalistas.

Azeredo Lopes falava à margem da cerimónia de atribuição da certificação da base aérea das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, para a utilização permanente pela aviação civil.

Questionado sobre a possibilidade de existir material militar por recuperar, na sequência do roubo que ocorreu em junho de 2017 em Tancos, o ministro defendeu a necessidade de deixar decorrer a investigação.

“Deixemos o que está em curso, que é a investigação criminal, seguir adiante e oxalá – é a minha esperança – não haja demasiadas violações do segredo de justiça”, frisou.

Na semana passada, numa audição no parlamento, Azeredo Lopes afirmou que não teve conhecimento da “alegada discrepância” quanto à recuperação do material militar furtado em Tancos, acrescentando que aguardava “calmamente” uma “aclaração” por parte do Ministério Público.

O ministro foi questionado pelo deputado do PSD Pedro Roque, que se referiu a notícias do jornal Expresso, dizendo que "continua a monte e à solta" material furtado em Tancos, em junho do ano passado, que "aparentemente todos julgavam" que tinha sido recuperado, já que em outubro foi divulgado que o material foi encontrado "à exceção de munições de 9 mm".

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi detetado em 28 de junho de 2017 durante uma ronda móvel, pelas 16:30, por um sargento e um praça ao serviço do Regimento de Engenharia 1.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e grande quantidade de munições.

Em 18 de outubro passado, a Polícia Judiciária Militar disse ter recuperado, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de junho, à exceção das munições de 9 milímetros.

Contudo, entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do que tinha sido roubado, o que foi desvalorizado pelo Exército e atribuído a falhas no inventário.

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  • Joel
    23 jul, 2018 Branca 23:29
    Ó senhor ministro, uma ou outra violação ainda se tolera agora o que é inadmissível são demasiadas violações! Vai uma mulher à polícia e queixa-se de que foi violada, diz o GuêNêRê "ó minha senhora se ainda tivesse sido violada demasiadas vezes, vá lá, era aceitável! Agora, só uma vez??????!!!
  • Filipe
    23 jul, 2018 évora 16:37
    Ok , pode existir uma duas , três são demais ... quatro demasiadas , mas para o Marquês mais dúzia é normal . Não queiram mas é chamar a Polícia Espanhola para investigar internamente a máquina montada para sacar euros por conta da prostituição legalizada que é hoje a justiça Portuguesa e vão longe um dia ! Uma vergonha Nacional onde meia dúzia mexem em documentos e não conseguem perceber quem vende a quem e por quanto ! Depois é a prova , dizem nas revistas que se fartam de trabalhar aos Sábados para pagar a casa e apresentam casa para venda por mais de 550 mil euros , coitado do Marquês no meio disto tudo , foi antes o Cruz para abafar a incompetência da justiça e hoje para camuflarem o acesso ao poder por parte de um vencido nas eleições , só o cão não percebe o que se passa porque não fala , mas ladra .

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