21 jul, 2018 - 08:54
O mês de julho foi até ao dia 18 o que teve o valor médio da temperatura máxima do ar mais baixo dos últimos 30 anos.
O posicionamento do anticiclone dos Açores, que está deslocado para oeste em relação ao normal para esta época do ano, é o principal responsável pelos muitos dias de temperaturas baixas que têm caracterizado este verão.
“Verifica-se que o valor médio da temperatura máxima do ar no período de 1 a 18 de julho apresenta um desvio em relação ao valor normal mensal de -1,6°C, sendo até 18 de julho o valor mais baixo dos últimos 30 anos”, de acordo com informação disponibilizada à agência Lusa pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Por exemplo, nos dias 12, 14 e 15 julho, as temperaturas máximas nas regiões do sul foram de menos quatro graus Celsius do que o normal.
Já nos primeiros 13 dias de junho, os valores de temperatura máxima tinham sido inferiores ao normal em todo o território. Contudo, seguiu-se um período quente, entre 15 a 25 de junho – altura em que ocorreu uma onda de calor, na região norte e em alguns locais do centro - e um período normal, entre 26 e 30 de junho.
Em junho e na primeira metade de julho, a situação meteorológica em Portugal foi “determinada por um ou mais núcleos anticiclónicos localizados sobre o Atlântico, cuja ação se fazia sentir desde a região dos Açores, para nordeste, até à Escandinávia, enquanto a Península Ibérica esteve sob a influência de depressões, com expressão em altitude, e pela passagem de superfícies frontais de fraca atividade”, de acordo com a explicação científica do IPMA.
De acordo com as previsões feitas a esta data, os próximos dias não serão mais quentes.
O IPMA, na sua previsão mensal atualizada na quinta-feira, indica que na próxima semana - de 23 a 29 de julho - há indicação de precipitação abaixo do normal e de temperatura também abaixo do normal praticamente para todo o território.
Na semana seguinte, de 30 de julho a 05 de agosto, o panorama é semelhante, com a possibilidade de formação de nevoeiro ou nebulosidade baixa junto à faixa costeira ocidental, e que poderá também formar-se noutras regiões do território.