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Ao estilo tribal zoela, Intercéltico de Sendim está aí à porta

20 jul, 2018 - 13:34 • Olímpia Mairos

Mais intimista, o Intercéltico promete concertos mais para ouvir do que para dançar, criando assim um novo diálogo entre músicos e público.

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O Festival Intercéltico de Sendim (FIS), marcado para os dias 2, 3 e 4 de agosto, muda de figurino e vai realizar-se num recinto transformado numa aldeia zoela.

“Este é um festival de tribos que se encontra aqui [Sendim] com regularidade. E uma aldeia é sinónimo de hospitalidade. Por esse motivo, vamos transformar o recinto do festival numa aldeia zoela e criar um ambiente mais intimista para o público”, conta o diretor do FIS, Mário Correia.

O investigador da história e cultura do Planalto Mirandês explica que os Zoelas foram uma tribo que ocupou o território delimitado pelo rio Sabor e a fronteira com Espanha (Castela), durante os séculos I e II (d.C.).

O FIS vai na sua 19.ª edição e, ao longo dos anos, tem vindo a transformar-se e a atrair novos públicos, juntando na vila do concelho de Miranda do Douro, as sonoridades de raiz celta provenientes de vários países europeus e asiáticos, o que tem permitido fazer “o cruzamento de sonoridades”.

Segundo Mário Correia, as atividades do festival 2018 estão programadas para o recinto da aldeia, deixando de haver dispersão do público. “Os músicos que participam no festival vão tocar entre si, proporcionando momentos musicais únicos, dada a fusão de cada uma das sonoridades”, explica à Renascença.

O festival arranca no dia 2 de agosto, na cidade de Miranda do Douro, no largo D. João III, com atuação de vários gaiteiros do Planalto Mirandês e dos castelhanos Tundra. Depois o FIS desloca-se para Sendim, para o recinto da antiga escola primária, localizado no centro da vila, onde será instalada a “aldeia dos zoelas”.

Estão confirmadas as presenças dos Brigan de Itália e os Harmonica Creams do Japão, para o dia 3 de agosto, e para o dia 4 os Niamh Ni Charra da Irlanda e os Dallahan da Escócia.

O cartaz deste ano “tem a particularidade de apresentar grupos que há bem pouco eram desconhecidos do grande público e que estão com grande pujança”, adianta Mário Correia.

“Os grupos convidados estão a fazer músicas de encontros. Ou seja, é bem possível que os irlandeses passem pelo fado ou deem um salto à música do Nordeste Transmontano, cruzando-a com música do sul de Itália”, exemplifica.

A iniciativa, que atrai milhares de festivaleiros, continua a “apostar forte” na animação das ruas e praças de Sendim, com atuações de gaiteiros mirandeses e músicos amadores. Prometidas estão, também, oficinas das gaitas e danças mirandesas, conferências, apresentação de livros, caminhadas e as celebrações intercélticas em vários espaços culturais e gastronómicos que se espalham pela vila transmontana.

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