20 jul, 2018 - 12:45
Júlio António, amigo de Jorge Jesus, garante a Bola Branca que não há segredos para revelar, com a anulação do pacto de silêncio entre o Sporting e o treinador. O presidente interino da SAD, Sousa Cintra, mandou anular a cláusula de confidencialidade que tinha sido imposta por Bruno de Carvalho ao técnico, aquando da saída para o Al Hilal.
"Na altura da rescisão, o Bruno de Carvalho, na altura presidente do conselho Diretivo do Sporting, quis incluir esta cláusula com Jorge Jesus. Mas não existe nada que Jorge Jesus pudesse utilizar em termos futuros. Mesmo que houvesse, não utilizava, porque ele é um homem defensor da palavra. Não acredito que houvesse algo para esconder, isto são os eventuais fantasmas que Bruno de Carvalho podia ver, mas não existe qualquer tipo de situação", sublinha Júlio António.
Amizade com Sousa Cintra e palavra de Jesus
Para Júlio António, o técnico pediu a anulação devido à amizade que mantém com Sousa Cintra e pela "paz e harmonia no Sporting". Jesus quis, também, acabar com o estigma associado aos pactos de silêncio.
"Essas coisas das cláusulas de confidencialidade criam sempre um estigma de que se passou algo grave, quando no fundo não se passa nada", assinala. Júlio António admite estar "muito feliz com a decisão" de anular uma cláusula que, segundo Jesus, "não fazia sentido".
"Conheço muito bem Sousa Cintra, em anos anteriores e quando fui dirigente tive grandes relações de amizade e desportivismo na defesa do clube que eu representava e ele no dos Sporting. Estas coisas não devem existir nos contratos entre os profissionais de futebol", afirma.
Júlio António, antigo dirigente do Estrela da Amadora e das pessoas mais próximas de Jorge Jesus, lembra que o treinador é um homem do futebol. Um acordo verbal vale tanto como um compromisso escrito.
"Jorge Jesus é um homem que nunca se viu confrontado com este tipo de coisas. Para ele, a palavra e o acordo entre as pessoas é de uma dimensão imensa. Para ele, é válido tudo o que possa ser acordado entre duas pessoas de bem e duas pessoas sérias", conclui Júlio António.