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"Afronta e perseguição". Autarca nega fraude em Pedrógão

20 jul, 2018 - 00:51

Valdemar Alves fala em “notícias de má-fé” e numa “peça jornalística encomendada”.

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O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, alega má-fé e não tem dúvidas de que a notícia de alegadas fraudes na reconstrução de casas após os incêndios foi encomendada.

“É uma afronta, é uma perseguição que me andam a fazer. É mais uma investida. Os meus inimigos não conseguem digerir a situação de terem perdido as eleições”, lamentou o autarca, em declarações à SIC.

De acordo com a revista “Visão”, cerca de meio milhão de euros terão sido desviados para obras que não eram urgentes em Pedrógão Grande. Os regulamentos que determinavam as casas que seriam recuperadas com maior urgência terão sido contornados com base num expediente: a alteração das moradas fiscais, já depois da data dos fogos, para que habitações não permanentes fossem tratadas como primeiras casas - mesmo aquelas onde ninguém vivia há anos.

O autarca Valdemar Alves fala em “notícias de má-fé” e numa “peça jornalística encomendada”.

“Quem lê a parte final, que se refere à minha pessoa e a outras, vê-se que é uma encomenda. É uma inveja também daquelas pessoas que falam, mas que não dão a cara e que gostariam que a sua casa tivesse ardido para terem uma casa nova”, diz o presidente da Câmara de Pedrógão Grande.

Valdemar Alves diz que também há pessoas que “estão invejosas do trabalho feito pelo Governo, câmara municipal, pelo fundo REVITA, por todos os que estão envolvidos na reconstrução das casas de arderam, porque em mais parte nenhuma aconteceu o que aconteceu aqui: a reconstrução no mais curto espaço de tempo”.

Em declarações à Renascença, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia garante que alertou a câmara para alegadas fraudes na reconstrução de habitações destruídas pelo grande incêndio de Pedrógão Grande.

“Não fiquei surpreendido com a notícia. Já estava à espera que isto acontecesse, mais dia menos dia”, afirma José Henriques, em declarações à Renascença.

“Alertei algumas vezes a câmara municipal para esta situação. Ultimamente, fizemos uma reunião da assembleia municipal e eu frisei lá isso”, sublinha.

O Instituto de Segurança Social vai avaliar as suspeitas de irregularidades com os donativos para obras urgentes em Pedrógão Grande e o Ministério Público abriu um inquérito.

Comentários
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  • Americo
    20 jul, 2018 Leiria 15:07
    Este sr. Valdemar é de gritos. Cada "cavadela" sua minhoca. De cada vez que abre a boca, sai asneira. Será que o Povo de Pedrogão "merece" tal personagem na sua autarquia ? O parecer encomendado pela Ascendi, que faz a operação e manutenção de infraestruturas rodoviárias, iliba a empresa de responsabilidades na limpeza da Estrada onde morreram mais pessoas em Pedrógão Grande, por o plano municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios ter caducado há seis anos, avança esta quinta-feira a TSF. Lembram-se ????????????????
  • António Fagundes
    20 jul, 2018 Ermesinde 11:55
    Mas um que se faz de vitima da perseguição politica.Isto a mim só me faz rir. Esta suposta investigação não tem nada que se lhe diga senão vejamos; Basta saber quem foram os contribuintes que mudaram a sua morada fiscal para aquele concelho depois (Infelizmente) dos incêndios para usufruir da reconstrução da sua primeira habitação (tretas), ou aqueles cuja a habitação se encontrava já ao total abandono mas aí temos que recorrer aos presidentes de junta e não deixa-los de fora como foi o caso e só ligando ao Senhor Presidente da Câmara de Pedrogão como foi o caso. Até irrita isto, irra...
  • 20 jul, 2018 aldeia 11:40
    Afinal houve fraudes ou não? O MP ,a PJ ou quem de direito que investigue seriamente,para acabar de vez com este ping-pong.

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