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Presidente da junta de Vila Facaia alertou câmara de Pedrógão para alegada fraude

19 jul, 2018 - 22:56

José Henriques não ficou surpreendido com a notícia de que 500 mil euros foram desviados para a reconstrução de casas que não eram prioritárias.

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O presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia garante à Renascença que alertou a câmara para alegadas fraudes na reconstrução de habitações destruídas pelo grande incêndio de Pedrógão Grande.

José Henriques não ficou surpreendido com a notícia avançada esta quinta-feira pela revista “Visão”. Muitas das situações terão ocorrido em Vila Facaia.

“Não fiquei surpreendido com a notícia. Já estava à espera que isto acontecesse, mais dia menos dia”, afirma José Henriques, em declarações à Renascença.

“Alertei algumas vezes a câmara municipal para esta situação. Ultimamente, fizemos uma reunião da assembleia municipal e eu frisei lá isso”, sublinha.

“O senhor presidente da câmara respondeu-me que não tinha conhecimento do que se estava a passar e que isso era da responsabilidade da CCDR”, adianta o presidente da Junta de Freguesia de Vila Facaia.

José Henriques diz não ter conhecimento que a câmara tenha tomado alguma deligência e diz que a sua denúncia baseia-se “em suspeitas e as pessoas que me alertam, todos os dias, para essas situações”.

A Procuradoria-Geral da República confirma a existência de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, a correr no DIAP de Leiria, sobre alegado esquema suspeito na reconstrução de Pedrógão Grande.

A revista “Visão” dá conta de eventuais irregularidades na utilização de donativos para obras urgentes.

A publicação diz que 500 mil euros foram desviados para a reconstrução de casas que não eram prioritárias.

O incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou a 17 de junho do ano passado, matou 66 pessoas.

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