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​INEM só tem ao serviço metade dos técnicos previstos no quadro

19 jul, 2018 - 12:31

Denúncia sindical aponta para um quadro de carência que passa por cada vez mais ambulâncias paradas por mais tempo.

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O INEM está a trabalhar com metade dos profissionais necessários. A denúncia parte do vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

“Temos vindo a alertar há vários meses, quer o INEM, quer o Governo, quer o poder político de uma forma geral, para a falta de técnicos. Neste momento, faltam 450 técnicos num universo de mil. Portanto, falta metade dos técnicos que o INEM tem”, garante Rui Lázaro.

O sindicalista refere que há cada vez mais ambulâncias paradas mais tempo e que todos os anos a situação piora. No ano passado, a falta de técnicos prejudicou, em média, 101 turnos por mês. Já este ano, só no mês de junho, os meios de socorro estiveram inoperacionais quase 1.200 horas - 148 turnos afetados.

Rui Lazaro receia que a situação ainda possa vir a piorar: “Pode ainda agravar-se se, ao abrigo de uma providência cautelar que corre no tribunal, o INEM for impedido de dar formação aos 100 técnicos que contratou há um ou dois meses e que estão agora a fazer formação. Entrarão ao serviço previsivelmente por volta de novembro, já iria colmatar algumas falhas, mas se a providência for aceite o INEM ficará impedido de lhes dar formação, portanto eles ficaram impedidos de exercer funções."

Nestas declarações à Renascença, o sindicalista lembra que tinha sido prometido breve a abertura de novos concursos, mas que nem isso garante uma resolução rápida do problema.

“Este concurso que está agora a decorrer dos 100 técnicos que estão em formação demorou dois anos e os técnicos ainda não estão a trabalhar. O compromisso que existia era que seria lançado brevemente, mas obviamente que se demorar, ponderaremos tomar mais algumas medidas”, remata.

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