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De Portugal para o mundo. Vem aí uma nova prova de ciclismo

13 jul, 2018 - 17:06 • Olímpia Mairos

O Grande Prémio Nacional 2 apresenta-se como "uma das melhores provas de ciclismo a nível mundial". Entre os objetivos conta-se a promoção da gastronomia, património e natureza dos 35 concelhos atravessados pela "mítica estrada".

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Chama-se Grande Prémio Nacional 2 e é a nova prova de ciclismo de Portugal. Acontece entre 18 e 22 de julho, com partida de Chaves e chegada a Faro atravessando o país, de lés-a-lés, numa verdadeira dimensão nacional.

Com organização da GlobalSport, a iniciativa conta com o patrocínio da Presidência da República e o envolvimento de 35 municípios integrados na Rota da Associação de Municípios da Nacional 2.

Trata-se de “um projeto muito sentimental, pragmático, com uma visão muito alargada sobre aquilo que se pode oferecer ao território e que vai exigir do território, mas, acima de tudo, é um projeto estratégico, bem delineado, bem construído, com um conjunto vasto de parceiros”, explica à Renascença o diretor geral da GlobalSport, Paulo Costa.

O responsável pela organização da prova destaca o “sonho de unir e valorizar o país através do turismo ativo, de forma a que, através de uma experiência enriquecedora ativa, se possa redescobrir aquilo que há milhares de anos foi construído por esse país a fora”.

O Grande Prémio de Portugal Nacional 2 será um acontecimento desportivo velocipédico de dimensão internacional, “reunindo as melhores equipas nacionais e da Europa”, acrescenta.

Este é “um projeto de Portugal para o mundo”, que se apresenta como “uma das melhores provas de ciclismo a nível mundial”, tendo também como objetivo a promoção da gastronomia, património e natureza dos 35 concelhos atravessados pela “mítica estrada”.

Cândido Barbosa, que tem a responsabilidade desportiva da prova, promete “uma grande competição, de alto nível competitivo, durante cinco dias, classificada pela UCI no nível 2.2 [por etapas de segunda categoria]”. “Tudo faremos para, nos próximos anos, a prova ser classificada em 2.1 [primeira categoria] e com mais um dia de competição", sublinha.

Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, considera que “este é um projeto fantástico, que une Portugal de Chaves a Faro, demonstrando que o ciclismo continua a ser a modalidade que mais une os portugueses”.

A Estrada Nacional 2 atravessa 35 municípios de 11 distritos de Norte a Sul do país. Os 738,5 quilómetros que ligam Chaves a Faro serão cumpridos em competição, dividida em cinco etapas, num programa de cinco dias de corrida e que contará um programa paralelo de divulgação cultural e patrimonial de cada município envolvido.

“Queremos que os habitantes da nacional 2 sejam os portugueses mais felizes do nosso país”

O Grande Prémio de Portugal visa “promover, dinamizar e valorizar todo o Território”, unido pela Estrada Nacional 2, em conjunto com os 35 Municípios que criaram um novo produto estratégico de valorização territorial.

Com ações que vão muito além de uma prova de ciclismo, direcionadas para a promoção do turismo local, gastronomia, vinhos, museus e património imaterial existente ao longo de todo o país, os autarcas consideram que este é “um projeto verdadeiramente sustentável a nível nacional”.

Luís Machado, presidente da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2, “apaixonado” pela estrada e entusiasta da iniciativa, refere que o objetivo da associação a que preside “é criar riqueza para a vida daqueles que aqui vivem ao longo da nacional 2 e, desta forma, tornar as pessoas felizes”.

“Nós queremos é que os habitantes da nacional 2 sejam os portugueses mais felizes do nosso país”, afirma, explicitando que a iniciativa cruza “o potencial da divulgação paisagística, patrimonial e turística das regiões com uma competição de cariz internacional”.

A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, reconhece que a maior estrada nacional do país, que o atravessa de Norte e o Sul, “é uma inspiração”, na medida em que “tem mostrado como é tão fácil transformar o impossível em possível e pôr 35 municípios a eliminar fronteiras e barreiras entre municípios”, destacando o “objetivo comum de posicionar as populações que residem no território a viverem e a beneficiarem daquilo que a EN2 pode trazer para todos”.

“Esta EN2 é inspiradora, também porque faz acontecer no terreno” e “mostra e contraria uma visão de que não há nada a fazer nestes territórios", refere, destacando a “dinâmica evidente e efervescente destes territórios” atravessados pela maior via portuguesa.

A governante considera ainda que a EN2 é também inspiradora “no promover mais Portugal” na medida em que “permite abrir o país e dar mais visibilidade a todo o território", numa “diversidade de experiências concentradas num território pequeno e que se conseguem descobrir através de uma viagem ao longo de 700 quilómetros”, entre Chaves e Faro.

A mítica estrada que começa em Chaves e termina 738.5 quilómetros depois, em Faro, é a estrada nacional mais extensa de Portugal e a única que atravessa o país de lés-a-lés. Passa pelo interior das povoações e liga paisagens tão diferentes como as vinhas durienses, as planícies alentejanas ou as praias algarvias.

A Nacional 2 “é a terceira estrada mais extensa do mundo, a seguir à rota 66 dos Estados Unidos da América (EUA) e à rota 40 da Argentina”, lembra o presidente da Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 e autarca de Santa Marta de Penaguião.

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  • joão pereira
    14 jul, 2018 braga 10:33
    “uma das melhores provas de ciclismo a nível mundial” para uma primeira edição, o exito será pouco. sõ sonhando

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