Tempo
|
A+ / A-

Défice. Primeiro trimestre com o melhor resultado dos últimos três anos

12 jul, 2018 - 11:54 • Sandra Afonso

Último relatório do Conselho das Finanças Públicas também deixa críticas e alertas: o investimento público está muito abaixo do previsto e a receita, apesar de ter subido graças aos impostos e contribuições, está aquém do esperado no Programa de Estabilidade.

A+ / A-

O Governo fechou o primeiro trimestre com o melhor resultado dos últimos três anos. O balanço é feito pelo Conselho das Finanças Públicas.

De acordo com o mais recente documento do organismo, sem a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, o défice recuou 471 milhões de euros e se não forem contabilizados os juros, as administrações públicas apresentaram mesmo um excedente acima dos 1.250 milhões.

O relatório aponta que o défice das Administrações Públicas nos primeiros três meses foi de 434 milhões de euros, ou seja, 0,9% do PIB ou da riqueza produzida neste período.

Uma décima do ponto percentual reflete já parte da despesa extraordinária com as indemnizações dos incêndios florestais ocorridos no último verão.

Voltou a registar-se ainda um excedente ao nível das administrações, desta vez acima dos 1200 milhões de euros. O resto da recuperação é explicada com a diminuição dos encargos com juros graças às amortizações antecipadas.

Contudo, as notícias não são todas boas. Isto porque o investimento público está muito abaixo do previsto. A receita subiu graças aos impostos e contribuições, mas está aquém do esperado no Programa de Estabilidade para este ao. Foi compensada pela despesa, que cresceu a um ritmo inferior ao previsto. A dívida pública subiu, ficando mais distante da previsão anual.

Aviso ao Governo

O organismo liderado por Teodora Cardoso deixa ainda avisos ao Governo de que tem vários desafios pela frente, que podem comprometer as metas orçamentais.

Tratam-se de desafios de curto a médio prazo, como a recapitalização do Novo Banco, o pagamento dos subsídios de Natal, a incerteza sobre a recuperação integral da garantia do Banco Privado Português, o impacto das medidas da redução da despesa e as pressões orçamentais sobre a Saúde e a Educação.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Domingos
    12 jul, 2018 Ancora 12:19
    Sim Sim! Sem investimento, com o SNS em colapso, a CP sem material, a educação à deriva... Uma maravilha! E tudo calado e a deitar foguetes. Pobre Portugal. Pobres de nós!

Destaques V+