11 jul, 2018 - 17:32
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta quarta-feira que a “Alemanha está prisioneira da Rússia”, mas depois suavizou o tom. As declarações estão a marcar o primeiro dia da cimeira da NATO, em Bruxelas.
"A Alemanha está prisioneira da Rússia porque importa de lá uma grande parte da sua energia", declarou Trump, durante um pequeno-almoço com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.
Trump reconheceu que o tema Nord Stream II esteve em cima da mesa, mas escusou-se a dar mais detalhes.
O tom das declarações mudou depois de um encontro bilateral com a chanceler alemã à margem da cimeira da NATO
No final da reunião, o Presidente norte-americano assegurou que mantém "uma excelente relação" com Angela Merkel.
"Foi uma ótima reunião. Debatemos as despesas em Defesa e o comércio. Temos uma excelente relação", resumiu Trump.
Angela Merkel, que antes do arranque da cimeira da NATO sublinhou a independência das decisões de Berlim, declarou-se também satisfeita pela troca de impressões com o Presidente dos Estados Unidos.
"Tivemos a oportunidade de falar sobre questões como o desenvolvimento económico, as migrações e o futuro das nossas relações comerciais", acrescentou.
Merkel recordou a sua juventude na RDA, sob domínio da União Soviética, e garantiu que a Alemanha é totalmente "independente nas suas escolhas políticas".
A chanceler também defendeu a importância da contribuição da Alemanha para a NATO, também em jeito de resposta a Trump que tem defendido o aumento dos gastos com defesa dos aliados europeus.
“A Alemanha faz muito pela NATO. A Alemanha é o segundo maior contribuidor com tropas, a maior parte da nossa capacidade militar está ao serviço da NATO e ainda hoje temos um envolvimento forte no Afeganistão. Assim também defendemos os interesses dos Estados Unidos”, declarou Merkel.
A cimeira da Aliança Atlântica decorre hoje e quinta-feira na nova sede da organização, em Bruxelas.