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​Motociclistas. Carta de condução depende de exame “muito fraquinho”

11 jul, 2018 - 16:13

Os números da mortalidade de condutores de veículos de duas rodas disparou e a associação pede "total reformulação do sistema de avaliação". Para o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, José Miguel Trigoso: “A formação é péssima porque a avaliação é horrível"

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Depois de divulgado o relatório da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) que refere um aumento de 114% no número de mortes de motociclistas, registadas entre 2016 e 2017, a associação pede uma total reformulação do sistema de avaliação.

Segundo José Miguel Trigoso, a atual prova não mostra se o condutor tem ou não capacidade de controlo do veículo.

“É o exame que determina o tipo de formação que se faz, e o exame é muito fraquinho”, sublinha. O presidente aponta como sendo este um dos motivos pelos quais há uma elevada sinistralidade. “[O exame] não exige que uma pessoa prove efetivamente que sabe controlar uma mota como deve ser. Se sabe travar a uma determinada velocidade, que é capaz de controlar a moto por exemplo a circular a baixas velocidades, que consegue fazer uma fuga numa emergência, etc.”

“Para nós é absolutamente determinante que a formação tenha a qualidade suficiente para que as pessoas aprendam a conduzir um motociclo e não apenas aprendam meia dúzia de coisas, a equilibrar-se e a terem uma carta. A formação é péssima porque a avaliação é horrível. Isto são termos muito fortes, são. Mas é assim que nós [PRP] avaliamos a situação”, afirma o dirigente.

O número de mortes entre os utilizadores de veículos de duas rodas disparou no ano passado, levando a que a Prevenção Rodoviária Portuguesa quisesse alterar as regras do exame de condução.

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