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Catalunha

Torra não abdica da autodeterminação, Sánchez discorda mas abre espaço às negociações

09 jul, 2018 - 17:19

Líder separatista da Generalitat e chefe do Governo central decidiram reavivar comissão bilateral de diálogo depois de suspensão de sete anos.

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A reunião desta segunda-feira entre Pedro Sánchez, presidente do Governo central espanhol, e Quim Torra, presidente da Generalitat (governo regional), teve um primeiro resultado concreto, com os dois líderes a chegarem a acordo para reavivar a comissão bilateral de negociações entre Espanha e a Catalunha, que estava suspensa desde 2011.

Foi este o primeiro passo concreto decorrente da antecipada reunião entre Sánchez e Torra esta tarde no Palácio da Moncloa, em Madrid. Ao presidente do Governo central, o líder regional garantiu que não abdica do desejo de "autodeterminação" que lhe valeu o cargo que ocupa atualmente, após o Tribunal Constitucional espanhol ter travado a investidura do seu antecessor, Carles Puigdemont.

O socialista Sánchez, que sucedeu a Mariano Rajoy há um mês, não concorda com a independência catalã, mas aceitou reavivar a comissão bilateral Estado-Generalitat, para que as negociações entre os dois lados possam continuar.

Citado pela imprensa espanhola, o porta-voz da Moncloa falou numa reunião de trabalho de duas horas e meia que decorreu de forma "cordial e correta". O "El País" fala num "primeiro passo para a normalização da vida institucional" entre as duas administrações depois de meses de profunda instabilidade, na sequência da consulta independentista travada pelo anterior Executivo espanhol em outubro.

À saída da reunião, Torra disse aos jornalistas que Sánchez quis "escutar" o que os catalães têm a dizer e ressaltou os pontos que unem os dois líderes.

"Estamos de acordo quanto ao facto de a questão catalã ser um problema política que tem de ser resolvido politicamente. Falámos sobre tudo e estabelecemos uma relação bilateral com o Governo que terá continuidade em Barcelona", sublinhou o presidente do governo regional catalão.

Segundo o "El País", também houve sintonia entre os dois líderes sobre a possibilidade de a controversa Lei da Mordaça vir a ser revogada, pelo menos parcialmente.

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