06 jul, 2018 - 15:30
Depois do projeto-piloto no Parque Nacional da Peneda-Gerês, o Ministério do Ambiente vai avançar com modelos semelhantes de reconstrução de habitats em mais dois parques, o de Montesinho e o Douro Internacional.
Em Bragança esta sexta-feira, o ministro da tutela, João Pedro Matos Fernandes, apresentou um investimento de cerca de 2,1 milhões de euros em dois projetos de proteção e restauro de espécies e habitats prioritários nos Parques Naturais de Montesinho e do Douro Internacional, com vista à prevenção de incêndios florestais até 2020.
Os projetos passam por reforçar os meios no terreno, sobretudo o Corpo Nacional de Agentes Florestais, com a criação de três equipas de cinco elementos cada, duas para o Montesinho e uma para o Douro Internacional. "Estes projetos têm todos uma matriz comum que é a matriz de, a partir do valor da proximidade, reforçar a presença no terreno", explicou o governante aos jornalistas.
"Temos de ter mais pessoas no terreno e por isso contratámos [mais] agentes florestais, equipas devidamente equipadas que estão no terreno ao longo de todo o ano a fazer prevenção estrutural e que são os primeiros a chegar quando existe um incêndio e até com o seu próprio equipamento conseguem, às vezes, fazê-lo recuar. São também quem leva depois as equipas profissionais de combate aos incêndios aos terrenos e quem fica no fim a fazer o rescaldo, isso é comum a todos os projetos-pilotos."
Em 2017, registaram-se 15 ignições que conduziram a 400 hectares de área ardida no Parque Natural de Montesinho. No Douro Internacional a situação foi ainda mais grave, com 20 ignições a dizimarem 7.100 hectares, o equivalente a 45% daquele território de elevado valor natural.