22 jun, 2018 - 20:59
O antigo ministro prefere valorizar os resultados positivos do estudo internacional TIMSS – sobre competências em matemática e ciências, onde Portugal está melhor que Finlândia e Alemanha – em vez das dificuldades evidenciadas pelos alunos portugueses nas provas de aferição.
"As provas de aferição são provas em quem ninguém confia", afirma Nuno Crato, em entrevista á Renascença sobre o ensino da Matemática, sublinhando que estes elementos de avaliação não são válidos e aponta antes para um progresso no ensino desta disciplina.
O ex-ministro manifestou-se contra "uma corrente ideológica que acha que o ensino não deve ser organizado em programas" e sublinhou a importância do apoio dos pais aos alunos. "Para isso é preciso que o programa seja muito claro, ", complementa o antigo presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática.
Entrevistado por José Pedro Frazão, Nuno Crato sugere dois livros sobre o ensino da Matemática: “Aritmética para Pais” (“porque ajuda os pais a terem métodos de apoio aos filhos) e “Saber e ensinar matemática elementar” ( “mais dirigido a professores, mas explicando os temas da matemática passo a passo para terem confiança no passo seguinte”) ambos editados pela Gradiva.
Nuno Crato foi entrevistado a propósito do programa “Da Capa à Contracapa”, da Renascença em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, dedicado esta semana ao ensino da matemática em Portugal. São convidados os matemáticos Filipe Serra Oliveira, professor da Universidade de Lisboa, e António Bivar Weinholtz, que tem trabalhado na reformulação de programas e metas curriculares da matemática.