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Bloco quer “ser força de Governo"

20 jun, 2018 - 23:28

Lusa teve acesso à moção das principais tendências bloquistas à próxima Convenção.

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O Bloco de Esquerda (BE) elogia "a convergência à esquerda com o PCP", uma "componente importante dos avanços sociais" do período atual e futuro, mas assume que em 2019 "quer ser força de Governo, com uma nova relação de forças".

Estes são dois dos pontos da moção das principais tendências bloquistas à próxima Convenção, intitulada "Um Bloco mais forte para mudar o país", à qual a agência Lusa teve acesso, e que é subscrita pela coordenadora nacional do BE, Catarina Martins.

"Em 2019, o Bloco quer ser força de Governo, com uma nova relação de forças. Um Governo de esquerda dá uma garantia ao povo: defende o salário, a pensão e o emprego. Não aceita recuos, nem a precarização do trabalho, nem a redução do salário e da pensão", pode ler-se na moção.

O texto - subscrito ainda pelo líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, e pela eurodeputada Marisa Matias - é claro quanto às intenções dos bloquistas para as duas eleições do próximo ano: "o Bloco apresenta-se ao ciclo eleitoral de 2019 em torno do seu próprio programa e para disputar a representação da maioria".

Na moção é referido que "a convergência à esquerda com o PCP é uma componente importante dos avanços sociais neste período e no futuro", valorizando o BE "um elevado grau de convergência de posições com o PCP, nomeadamente em questões económicas e laborais, ao nível parlamentar e também no terreno social", desde logo porque partilham "responsabilidades na viabilização da atual solução política".

No entanto, os bloquistas assumem que mantiveram com os comunistas "divergências importantes em matérias como a paridade entre homens e mulheres, a legalização da canábis, a extensão da procriação medicamente assistida ou a despenalização da morte assistida".

"A persistência de acusações sectárias não impedirá o Bloco de se continuar a empenhar no sentido do desenvolvimento das possibilidades de convergência e da recusa do sectarismo entre as esquerdas", avisam.

Sobre o "primeiro embate eleitoral de 2019", as eleições europeias, os bloquistas adiantam que vão concorrer "em listas próprias", juntando "forças à esquerda, numa candidatura internacionalista que recusa a submissão aos tratados".

As eleições regionais da Madeira também não são esquecidas na estratégia, sendo referido que "a criação de alternativa à esquerda depende do reforço do Bloco de Esquerda".

"O PSD de Miguel Albuquerque está enfraquecido e, pela primeira vez, é possível retirar a direita do Governo. O PS decidiu candidatar Paulo Cafôfo, que ganhou a Câmara Municipal do Funchal numa coligação em que o Bloco participa desde a primeira hora", enfatizam.

Comentários
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  • Alves
    21 jun, 2018 Ramal 16:27
    O que o BE quer é fumar muita erva!! E também alguma para a veia!
  • 21 jun, 2018 aldeia 14:33
    Oh Catarina se queres ser "força de governo"....tens de lutar mais pelo povo que de teu tantos votos,olha que na próxima eleição pode não acontecer o mesmo.Luta com força para diminuir as desigualdades,indexação do vencimento dos políticos ao ordenado mínimo,baixa da carga fiscal,pois está demasiado alta para a maioria do povo,baixar o IVA dos 23%,acabar com muitas taxas,como a dos combustíveis,a luz mais barata,melhores serviços de saúde principalmente na comparticipação de medicamentos,luta contra a corrupção,etc etc.....e sim aí verias que serias uma "força de governo"porque muitos votariam no BE.
  • Cidadao
    21 jun, 2018 Lisboa 11:34
    Ora, ora. Vocês fazem oposição ao PS ao Sábado e Domingo, e durante a semana votam por eles. Vocês e o PCP, Foram parar ao bolso do Costa e só fingem fazer oposição, mas no final, concordam com tudo, com medo de cair o governo e o costa-jogo-de-cintura vitimizar-se e ganhar com Maioria Absoluta - que não ganha, principalmente agora com os professores contra ele. Caíram no truque mais velho da política, E agora querem mais votos?

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