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Auditor considera que rescisões ameaçam continuidade das operações da SAD do Sporting

19 jun, 2018 - 09:44

Em comunicado enviado à CMVM, a sociedade relata que a PWC informou existir "uma ameaça concreta em relação à continuidade das operações da Sporting SAD".

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A PWC, auditor da SAD do Sporting, considera que as rescisões unilaterais de contratos de vários jogadores constituem "ameaça concreta" à continuidade das operações da sociedade leonina.

Em comunicado enviado à CMVM, esta terça-feira, a SAD do Sporting relata que, a 12 de junho, a PWC informou existir "uma ameaça concreta em relação à continuidade das operações da Sporting SAD".

Explica a PWC que isto sucede face às rescisões de contratos de trabalho desportivo de jogadores "considerados como sendo dos mais valiosos em termos de mercado" e ao subsequente impacto na "gestão do risco de liquidez da Sporting SAD, em virtude da impossibilidade de realização do valor de venda dos referidos ativos no curto prazo e dos impactos conexos na atividade da sociedade".

"Os impactos calculados a 31 de março de 2018, data a que reportam as últimas contas publicadas pela Sociedade, em termos do ativo intangível -- valor do plantel, indicam, para os jogadores comunicados pela sociedade como factos relevantes, um valor de redução do mesmo em cerca de 16,5 milhões de euros, representando 6% do total do ativo; da mesma forma, o impacto da possível imparidade associada ao valor do plantel, sem qualquer efeito de imposto sobre o rendimento, conduziria, na mesma data de 31 de março de 2018, a que o total dos capitais próprios passasse de 7,5 milhões de euros para cerca de 9,0 milhões de euros negativos", pode ler-se.

Ainda assim, a Sporting, SAD considera que ""continuidade das operações da sociedade se encontra assegurada" e garante que trabalha, correntemente, "com o objetivo de promover as operações necessárias à melhoria da performance económico-financeira, com a devida sustentabilidade". A SAD lembra, ainda, que apesar das rescisões terem impacto relevante, continua a possuir direitos desportivos e federativos sobre um lote alargado de jogadores. Além disso, é expectável que as rescisões de jogadores, a que se acrescentam as revogações por mútuo acordo com a equipa técnica, resultem numa descida acentuada dos gastos com pessoal.

"O Conselho de Administração considera ilícitas as rescisões contratuais apresentadas pelos jogadores, por inexistência de justa causa, pelo que procurará responsabilizar tais jogadores e os clubes com os quais os mesmos celebrem contrato de trabalho, pelos danos e prejuízos sofridos, tendo a expectativa de ser, em consequência, devidamente ressarcido", declara a SAD do Sporting.

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