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CGTP: Governo prepara “aliança” com a direita para aprovar alterações laborais

16 jun, 2018 - 15:58

A central sindical considera que o novo pacote laboral “incentiva a precariedade” e pede aos deputados do PS que votem contra a proposta do Governo.

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A CGTP acusou este sábado o Governo de estar a faltar à sua palavra quando prometeu acabar com a precariedade e acusa o executivo de estar a incentivar à precariedade com o novo pacote laboral, que foi aprovado na Concertação Social sem o apoio da central sindical.

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da CGTP acusou o governo de estar a preparar uma aliança com a direita por acreditar qye vai ter um resultado eleitoral que lhe vai permitir governar sem o apoio do Bloco de Esquerda e o PCP.

“Provavelmente porque tem espectativas de que poderá ter um resultado eleitoral suficiente para que possa governar sozinho, o Governo está claramente a encetar um percurso que o encaminha para a direita”, acusa Arménio Carlos, para quem o caso do novo pacote laboral é exemplo paradigmático dessa deriva à direita

“Veja-se os resultados dos acordos feitos com o PSD, e a satisfação manifestada pelos partidos da direita com o recente acordo para a área laboral”, lembrou o sindicalista.

A CGTP apela por isso aos deputados do PS para que não aprovem a proposta de lei, que será debatida no próximo mês no parlamento: “Os deputados do Partido Socialista têm aqui uma oportunidade única de seguir o caminho da esquerda e romper com o caminho das políticas de direita”.

“O que está em marcha é uma tentativa de o Governo fazer uma aliança com o PSD e o CDS para aprovarem esta proposta de lei na Assembleia da República”, acusou ainda Arménio Carlos.

Entre as principais alterações propostas pelo Governo estão a extinção do banco de horas individual, a duração dos contratos a prazo limitada a dois anos, a introdução de uma taxa adicional à Taxa Social Única (TSU) para penalizar empresas que abusem da contratação a termo e o alargamento do período experimental para 180 dias para os trabalhadores à procura do primeiro emprego e para os desempregados de longa duração.

Medidas que, para Arménio Carlos, “perpetuam a precariedade, atacam a contratação coletiva e reduzem a retribuição dos trabalhadores”.

O PS anunciou na quinta-feira que vai apresentar propostas de alteração às medidas do Governo sobre legislação laboral acordadas em Concertação Social, para que sejam “clarificadas” e “melhoradas”, anunciou na quinta-feira à noite o líder do grupo parlamentar socialista, Carlos César.

Caso os deputados votem favoravelmente, a CGTP promete lutar com a convocação de manifestações e greves.

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  • JULIO
    18 jun, 2018 vila verde 15:15
    Estes ditadores querem obrigar os Portugueses a um regime que não ixiste na europa .O lugar dos ditadores não é a prutestar é na prisão

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