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Freira à baliza e cardeal à defesa. Só lhes falta um ponta-de-lança

15 jun, 2018 - 13:18

Pegando na paixão pelo futebol que é partilhada por quase todo o mundo, a Ajuda à Igreja que Sofre desenvolveu uma campanha original para chamar atenção para o seu trabalho.

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A equipa está quase toda feita e até tem treinador, mas falta o ponta-de-lança.

A fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), uma organização católica que presta apoio material e espiritual a comunidades cristãs em várias partes do mundo, com destaque para locais onde os cristãos passam dificuldades ou são perseguidos, encontrou uma forma original para chamar atenção para o seu trabalho.

No site internacional do movimento encontra-se um esquema de um campo de futebol com onze camisolas, mais uma do treinador. A cada posição corresponde um colaborador da AIS e clicando nela o leitor pode aprender um pouco mais sobre as situações em que operam.

Começando pela baliza, ficamos a conhecer a irmã Annie, da Síria. “Tal como a tarefa principal de um guarda-redes é evitar o golo, a irmã Annie tem como dever vital evitar os ataques e ter a flexibilidade e agilidade para proteger dos golpes do destino centenas de famílias em Alepo, Hasake e Damasco”, explica o site, acrescentando que a sua missão principal é prevenir a fome, a solidão e a doença.

À sua frente, a irmã Annie tem um quarteto defensivo composto por outra freira, dois padres e nada menos do que um cardeal, neste caso o arcebispo de Bangui, na República Centro-Africana, que tem tido um papel crucial no combate ao ódio e à incompreensão entre comunidades no seu país, nomeadamente entre muçulmanos e cristãos. “Com a sua mensagem de paz e reconciliação, o cardeal Nzapailanga está a manter à distância o mal que atingiu uma das regiões mais esquecidas e negligenciadas do mundo.”

Para jogar à frente dos defesas, a fundação convocou o padre George Jahola, responsável por organizar a reconstrução das casas dos cristãos que foram destruídas pelo autoproclamado Estado Islâmico, na planície de Nínive, no Iraque. Para ambas as posições, é necessário ter “uma cabeça fria, pensar adiante, decidir posições, ajudar e encorajar jogadores fatigados e responder de forma rápida a situações inesperadas”

O médio ofensivo é outro arcebispo, este da Bósnia-Herzegovina, uma região onde os católicos estão sob pressão. “Não tem medo de falar abertamente quando necessário ou de continuar a lutar mesmo quando o campo está inclinado”, diz a fundação AIS.

Por fim, na ala esquerda, está o padre Shields. Este missionário norte-americano é o único padre católico em toda a Sibéria oriental, a 1.300 quilómetros da missão católica mais próxima. Trabalha há 20 anos na Rússia e faz da adoração eucarística o centro da sua preparação. “Uma vez por semana, passa um dia inteiro, 24 horas, em oração no seu minúsculo ermitério. É aqui que desenvolve a sua tática, atrai os seus opositores e prepara o plano de jogo”, explica o site.

A única posição que está livre é a de ponta-de-lança. A fundação espera que seja ocupada pelos seus benfeitores. “Enquanto o resto da equipa prepara o jogo, falta uma coisa. A sua ajuda! A sua oração, o seu conhecimento dos projetos e o seu apoio financeiro podem ser tudo o que falta para o sucesso”.

A campanha da Ajuda à Igreja que Sofre é acompanhada por um vídeo que mostra crianças das várias comunidades que a fundação ajuda em todo o mundo, a jogar futebol.

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