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Detido burlão que não paga hotéis, restaurantes e gasolina

14 jun, 2018 - 18:59 • Celso Paiva Sol

Homem de 51 anos, com residência em Vigo, raramente paga nos hotéis onde fica alojado, e sempre que pode faz o mesmo em restaurantes, bombas de gasolina e noutros estabelecimentos.

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Um burlão de nacionalidade espanhola, que nos últimos quatros anos raramente pagou as despesas nas viagens que fez em Portugal, está na mira das autoridades. Foi detido recentemente e vai aguardar em liberdade o desenrolar de um dos processos.

Parece ser um modo de vida. Este homem de 51 anos, com residência em Vigo, que diz ser construtor civil, raramente paga nos hotéis onde fica alojado, e sempre que pode faz o mesmo em restaurantes, bombas de gasolina e noutros estabelecimentos.

Nos hotéis, que quase nunca são de cinco estrelas ou muito exigentes quanto a garantias e cauções, não costuma demorar-se mais do que dois ou três dias. O mais comum é abandonar simplesmente as instalações pela garagem ou em horas menos movimentadas, mas, por exemplo, nos restaurantes é frequente usar dos seus reconhecidos dotes de oratória, para combinar pagar mais tarde, dentro de um ou dois dias.

Só na base de dados que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem de todos os estrangeiros que passam pelos hotéis nacionais, este espanhol, sozinho ou acompanhado pela mulher, aparece uma centena de vezes, o Minho ao Algarve, no Litoral e no Interior.

Não quer dizer que existam 100 queixas em seu nome, mas quem já o investigou desconfia que terão sido muito poucas as vezes em que liquidou a fatura.

Os processos sucedem-se, espalhados pelo país, com acusações de pequena moldura penal, quase sempre burla para a obtenção de serviços, e enquanto assim for, o seu modo de vida deverá manter-se.

Ainda esta semana saiu do Tribunal de Ovar com termo de identidade e residência, depois de ter sido notificado num desses muitos processos que correm contra si.

Tinha sido detido na véspera pelo SEF em Mira, no distrito de Coimbra, precisamente no restaurante onde já tinha combinado com a proprietária pagar no dia seguinte.

Nalguns casos, como em Odemira, para além de uma conta de hotel de três mil euros que não pagou, também é acusado de furto de parte do recheio do quarto.

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