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Tem dois minutos? Recorde o dia da suspensão de Bruno de Carvalho

13 jun, 2018 - 23:30 • José Pedro Pinto

13 de junho, feriado local em Lisboa, foi o dia em que um presidente do Sporting foi suspenso de funções pela primeira vez na história do clube. Como não poderia deixar de ser, foram horas pouco pacíficas e com acusações de parte a parte. Relembre tudo aqui.

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Bruno de Carvalho suspenso preventivamente, bem como a restante Direção do Sporting e todos proibidos de entrar em Alvalade.

Foi esta, de forma inédita, a decisão emanada pela Comissão de Fiscalização designada pela demissionária Mesa da Assembleia-Geral (MAG), ao início da tarde de (mais) um dia histórico para o emblema leonino.

A suspensão foi decretada por unanimidade e pelo facto de a entidade fiscalizadora considerar que Bruno de Carvalho violou os estatutos do clube. Bruno tem 10 dias úteis para responder à nota de culpa.

O agora suspenso líder verde e branco não acata a decisão, reagiu através de vários "posts" na rede social Facebook, intervenções em três canais noticiosos de televisão e, pelo menos hoje, não pôs os pés em Alvalade.

Na resposta inicial à suspensão preventiva, Bruno de Carvalho rotulou de "golpada" a iniciativa da Comissão de Fiscalização da MAG, que compara a um "pelotão de fuzilamento".

"Ninguém foi suspenso, isto é só para estragar o feriado (Santo António)", disparou, em declarações à SIC Notícias.

Esteve, inclusivamente, marcada uma conferência de imprensa de Bruno de Carvalho, no Auditório Artur Agostinho. Todavia, à última hora, quem compareceu foi a figura muito pouco consensual que lidera a Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral do Sporting

Voz, então, a Elsa Tiago Judas, que não reconhece legitimidade às decisões do organismo presidido por Jaime Marta Soares, por se ter demitido, sublinhando que a Comissão de Fiscalização nada mais é do que meramente "putativa", já que terá sido eleita por um órgão tecnicamente inexistente.

Mas mais: Elsa Judas considera que à MAG "não interessa dar a voz aos sócios".

"Não é preciso ser muito inteligente para entender isto. O ex-presidente da mesa percebeu que o Bruno de Carvalho e o Conselho Diretivo têm feito um excelente trabalho, que está a ser cada vez mais reconhecido pelos sócios. Não há interesse em eleições, porque já se percebeu que se Bruno de Carvalho e o seu Conselho Diretivo for a eleições, ganham. O ponto fundamental é que não lhes interessa dar a voz aos sócios", precisou.

Ataque e contra-ataque. Jaime Marta Soares assinou um comunicado, que chegou às redações ao final da tarde, garantindo a legitimidade da tal assembleia geral de 23 de junho e elencando ainda os argumentos que, para a MAG, fundamentam justa causa para a destituição de Bruno de Carvalho.

Compete agora à MAG, segundo os estatutos, nomear de imediato uma Comissão de Gestão. Jaime Marta Soares chegou a deixar a indicação, válida para o dia de hoje, da revelação dos nomes que irão compôr essa comissão mas, até esta altura, nada foi anunciado.

Certo é que, esta quinta-feira, Bruno de Carvalho marcará presença em Alvalade, contrariando a toda a linha a suspensão decretada pela Comissão de Fiscalização.

"Estaremos a trabalhar normalmente", prometeu.

Cenas dos próximos episódios para conferir nas horas que se avizinham.

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