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​Portugal na sua História tem uma “aliança com Maria”

12 jun, 2018 - 14:54 • Maria João Costa

Bispo auxiliar de Braga lança, esta terça-feira, na Feira do Livro de Lisboa, a reedição da obra “Nossa Senhora na História de Portugal – Alianças com Santa Maria", uma edição da Paulus.

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A primeira edição esgotou em vinte dias. O livro “Nossa Senhora na História de Portugal – Alianças com Santa Maria” da autoria do bispo auxiliar de Braga, D. Francisco Senra Coelho, conhece agora uma segunda edição que é apresentada esta terça-feira na Feira do Livro de Lisboa. A obra espelha como “Portugal contou desde o início da sua História com uma aliada que é Nossa Senhora” diz à Renascença o autor do livro.

Nesta entrevista, D. Francisco Senra Coelho elenca os momentos da história portuguesa em que a devoção mariana esteve sempre presente. “Há marcos decisivos onde os reis portugueses, em nome do povo, fizeram uma aliança com Nossa Senhora” explica. E essa ligação existe, desde o principio da nacionalidade.

“Portugal desde o seu início começa uma viagem histórica com a proximidade de Nossa Senhora, por isso celebra uma aliança com Maria perante as dificuldades de conseguir a independência perante o domínio de Leão e Castela”. D.Francisco Senra Coelho que explica existirem “sinais de louvor” a Maria conclui que nesse momento fundador da Nação, “Nossa Senhora seria a madrinha de Portugal”.

Percorrendo a história nacional, esses sinais estendem-se, por exemplo, na época da “reconquista ao Islão a Santarém, à Igreja da Alcáçova e em Lisboa à Igreja dos Mártires” indica o autor. O bispo, que se mostra muito satisfeito com o prefácio do livro escrito pelo Cardeal D. Manuel Clemente, elenca mais momentos da História em que a devoção mariana sempre se manifestou.

“Na crise de 1383, 1385, o Mestre de Avis, D. Nuno Álvares Pereira promete a Nossa Senhora em vários momentos de oração a ação de Graças pela vitória” conta D. Francisco Senra Coelho que fala de outros momentos fulcrais, como a descoberta do caminho marítimo para a Índia e da restauração da independência.

No livro “Nossa Senhora na História de Portugal – Alianças com Santa Maria" lançado pela Paulus editora é também apontado outro momento. “D. João VI que teve de se refugiar no Brasil volta a consagrar o reino a Nossa Senhora da Conceição” e é nessa altura, indica D. Francisco Senra Coelho, que é criada a Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição “em louvor a todos os bravos que resistiram ás invasões francesas”.

Nem no século XIX em que, nas palavras de Senra Coelho, se viveu “um liberalismo capaz de provocar um inverno profundo em termos de religiosidade”, a devoção mariana ficou esquecida. Mesmo com a extinção das ordens religiosas, “o povo exaltou a fé” descreve o autor do livro agora reeditado. Exemplo disso é a construção do santuário do Sameiro.

A estas alianças inumeradas “Maria respondeu um dia” diz o bispo auxiliar de Braga, “na busca de um povo que fosse mensageiro de uma aliança de paz” ao aparecer na Cova da Iria em 1917 com a mensagem de Fátima. São sete os momentos em que a História de Portugal é cruzada com a devoção mariana neste livro “com algum rigor científico”, sublinha o autor da obra.

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