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Protocolo de 50 milhões para a Escola Superior de Biotecnologia do Porto

12 jun, 2018 - 11:11

A verba resulta de um protocolo com uma empresa norte-americana de biotecnologia que é assinado esta terça-feira na Universidade de Stanford. O dinheiro será canalizado para um investimento que vai gerar 60 postos de trabalho e um edifício novo para iniciar projetos inovadores.

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A Escola Superior de Biotecnologia do Porto vai receber um fundo de 50 milhões de euros para investigação. O protocolo é assinado esta terça-feira na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, na presença do primeiro-ministro, António Costa.

Para a reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Isabel Capeloa Gil, este é o "reconhecimento da Universidade Católica como uma universidade inovadora, que consegue atrair investimento para projetos inovadores que têm um potencial de desenvolvimento do país, da região, mas também da Europa e do mundo".

"Representa o reconhecimento do trabalho que a Escola Superior de Biotecnologia do Porto da Universidade Católica tem vindo a fazer há 35 anos", complementa a reitora da UCP, em declarações à Renascença.

O investimento "está centrado no melhor do que a ciência pode fazer, que é melhorar as condições de vida das populações e suportar um desenvolvimento sustentável". O alvo deste fundo é, por isso, a "valorização de resíduos", o que apoia um "modelo económico sustentável, de uma economia circular, que é aquela de que precisamos para que possamos todos ter um futuro".

Para além de valorizar a qualidade da atividade científica da instituição, Capeloa Gil realça que, mesmo para o país, esta parceria "vai mudar o paradigma da forma como se faz a biotecnologia em Portugal".

O fundo será direcionado para projetos focados na "valorização de resíduos de fermentação, de forma a que possam, depois, transformados em novos produtos". "Estamos a falar numa lógica de economia que nada gasta, que tenta recuperar tudo aquilo que são os pontos que sobram do processo de produção, ou seja, voltar a incluí-los, voltar a colocá-los na cadeia de produção", explica a reitora da Universidade Católica Portuguesa.

Noutro plano, Isabel Capeloa Gil acredita que este acontecimento poderá alertar para o talento que existe em Portugal: "Através deste projeto, vamos ter a possibilidade de contratar 60 novos investigadores. Estamos a falar de um projeto que atrai investimento para Portugal, não centrado numa lógica de produção e de salários baixos, mas de elevado valor intelectual."

Esta vantagem é, para a reitora, extensível a outras universidades portuguesas, porque se trata de uma abertura de precedentes para "um novo modelo de desenvolvimento do país".

Isabel Capeloa Gil acrescenta, ainda, que já foi desenvolvido um projeto-piloto, que "os testes já estão feitos" e que as iniciativas irão começar logo após a assinatura do protocolo.

"Estamos a construir um novo edifício onde ficará alojada a plataforma da empresa americana que faz a parceria connosco, a Amyris, que criou uma subsidiária em Portugal. Vamos começar já a fazer as contratações e o desenvolvimento do projeto, mas tudo entrará numa fase mais avançada quando tivermos o edifício construído, o que acontecerá no final do ano. O novo edifício está a ser construído no campus da Católica da Foz, para onde será transferida a Escola Superior de Biotecnologia do Porto, que, neste momento, está na Asprela", revela.

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