11 jun, 2018 - 21:33
Bruno de Carvalho lançou, esta segunda-feira, um desafio aos jogadores que avançaram para a rescisão unilateral de contrato com o Sporting. O presidente leonino deixou a sua demissão pendente de o envio de uma carta à SAD a exigir que a direção caia para ficarem no clube.
Em conferência de imprensa, o líder leonino admitiu que poderá haver mais rescisões até dia 15, limite para apresentá-las - 30 dias depois das agressões em Alcochete. Bruno argumentou que as rescisões "não têm qualquer fundamento a nível de justa causa" e que a argumentação "é tão fraca" que acredita que os processos "não são para ser levados até ao fim, porque se forem até ao fim os jogadores perdem todos". E lançou um repto aos jogadores, sobre o qual pende a demissão da sua direção:
"Se os seis atletas que rescindiram, e acreditamos que nesta estratégia de desgaste mais poderão acontecer, o que nós dizemos é: se o problema é este Conselho Diretivo, basta os atletas escreverem uma carta à SAD dizendo duas coisas: uma, se esta direção se demitir, voltam atrás com as rescisões e jogam no Sporting. Ou, se nos voltarmos a candidatar e ganharmos, que também continuam a valer estas premissas. Basta haver esta carta de todos, não basta um, e nós na mesma hora demitimo-nos".
Bruno reiterou que o Sporting está a ser alvo de "um ataque concertado" e apoiou-se nas semelhanças entre as cinco cartas a que tivera, até então, acesso. "Se nós pudéssemos, por um acontecimento hediondo como o de Alcochete, rescindir, então nenhum clube do mundo pagaria a mais jogador nenhum nenhuma transferência", assinalou.
O máximo dirigente do Sporting sublinhou que "não chegou nenhuma proposta" por Podence, William, Gelson ou Bruno Fernandes, quatro dos seis jogadores em processo de rescisão. "Houve conversas, mas não sei se chegou a haver formalização da proposta pelo Rui Patrício", anotou. De qualquer forma, Bruno salientou que não está preocupado com os processos. "Está fora de questão não termos equipa para a próxima época. O Sporting sempre teve equipas competitivas", frisou.
Terminada a conferência de imprensa, quando Bruno de Carvalho ainda se encontrava no interior do Auditório Joaquim Agostinho, vários adeptos descontentes fizeram-se ouvir desde o lado de fora, com insultos ao presidente do Conselho Diretivo e pedidos de demissão. Os adeptos chegaram a bater nas portas do auditório e obrigaram os jornalistas a permanecer no interior até à chegada das forças de segurança.