Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Em Nome da Lei

Aquecer comida em recipientes de plástico pode causar cancro, dizem especialistas

09 jun, 2018 - 13:27

Aquecer a comida em recipientes de plástico, ou o uso repetido de biberons acarreta riscos. Problema agrava-se com plásticos importados da Ásia, sem controlo de qualidade.

A+ / A-

Os aditivos usados no plástico, para o tornarem mais maleável, têm consequências para a saúde humana, diz uma investigadora da Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade Nova de Lisboa.

Conceição Calhau revela que “os aditivos usados nas embalagens de plástico interferem no nosso sistema hormonal, podendo desencadear várias doenças, nomeadamente o cancro”.

A investigadora, que se tem dedicado ao estudo do impacto do plástico na saúde pública, não tem dúvidas sobre as consequências que tem para a saúde o uso recorrente de embalagens de plástico. Diz que a presença de plásticos no corpo humano, pode detetada por uma simples análise à urina.

Por precaução, a investigadora recomenda que “não se usem embalagens de plástico, para aquecer comida no micro-ondas” e adverte quem costuma levar o almoço para o trabalho na marmita que “não deve aquecer nela os alimentos”.

Conceição Calhau alerta para a necessidade de haver especiais cuidados nesta matéria com os bebés. Até porque no primeiro ano de vida quase tudo é de plástico, a começar pelos biberons. Os investigadores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova fizeram análises a biberons de plástico vendidos em lojas chinesas e a conclusão a que chegaram é que representam um risco para a saúde dos bebés, porque ficou provado que “há migração dos aditivos do plástico para o corpo do bebé e que essa migração aumenta a cada reutilização”.

Mas não são apenas os biberons vendidos nas lojas chinesas que podem representar um risco para a saúde pública. A ameaça estende-se a “muitos outros produtos”, segundo Carlos Campos, que pertence à indústria de reciclagem de resíduos urbanos.

Carlos Campos diz que “há um problema de falta de controlo sobre a qualidade dos produtos que são importados do continente asiático. A Europa não quer receber refugiados, defende, mas deixa entrar no seu território produtos que não são sujeitos a controlos de qualidade comparáveis com os que são impostos aos europeus. E isso representa um risco para a saúde pública.”

Alertas deixados na edição deste sábado do Em Nome da lei, dedicado ao problema do plástico e ao seu efeito sobre a saúde do Planeta e a saúde dos humanos.

O Em Nome da Lei é um programa da Renascença, moderado pela jornalista Marina Pimentel, que pode ser ouvido depois do noticiário das 12h00 de sábado ou através do site.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • JOAQUIM S.F. SANTOS
    10 jun, 2018 TOJAL 00:27
    Os preservativos também aquecem, são uma mistura de diversos plásticos, provocam cancro e não pagam impostos!!!!!!! O seu resultado é tão nefasto, que muitas crianças com cancro devem a doença a tão louvável utensílio. Apregoado nas Escolas. Logo as escolas também matam, não é só as armas.

Destaques V+