28 mai, 2018 - 11:49
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Dois anos após da introdução da chamada Carta por Pontos os resultados são ainda insuficientes no que respeita à redução da sinistralidade rodoviária. É a opinião de Manuel João Ramos, porta-voz da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados, que compara Portugal com o exemplo espanhol, onde a sinistralidade diminuiu após a introdução da mesma medida.
Para Manuel João Ramos, o facto de, desde junho de 2016, 157 condutores terem perdido a totalidade dos pontos da carta de condução "é muito pouco tendo em conta o universo de automobilistas que há em Portugal". Em entrevista à Renascença, destaca ainda, pela negativa, o "facto de não haver melhoria na sinistralidade. "Em paralelo com o ano passado já há um aumento bastante visível no número de mortos e feridos graves nas estradas".
Para a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados a estratégia da carta por pontos está a ter um efeito mitigado devido à falta de fiscalização. “No ano passado prescreveram de novo milhares de cartas, e o processo é muito lento. A própria Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária evidencia isso. Há muitas reclamações e portanto o processo é alongado no tempo, o que acaba por retirar o efeito pedagógico que a medida tem", remata Manuel João Ramos.