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Espanha. Podemos mantém Iglesias na liderança

27 mai, 2018 - 22:05

Partido fez referendo interno depois da polémica centrada na compra de uma casa.

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Os militantes do movimento espanhol Podemos decidiram que Pablo Iglésias deve continuar como secretário-geral do partido, depois da polémica da compra de uma casa de 600 mil euros.

Segundo a consulta interna, 68,42% dos inscritos votaram pela permanência de Pablo Iglesias e da sua mulher Irene Montero, porta-voz parlamentar do movimento, nos seus cargos, contra os 31,58% que consideraram que deveriam ser demitidos.

Os dados da consulta interna, que contou com o voto de 188.176 pessoas, a mais participada de sempre, foram divulgados pelo secretário do Podemos, Pablo Echenique, na sua conta pessoal da rede social Facebook.

A consulta foi convocada depois da polémica gerada quando foi conhecida a compra, por parte de Iglesias e da companheira, Irene Montero, de uma casa de 600 mil euros, nos arredores de Madrid.

Iglesias criticara o antigo ministro da Economia do PP Luis de Guindos, um dos atuais vice-presidentes do Banco Central Europeu, por ter adquirido uma casa por esse valor, em 2011, numa publicação no Twitter.

O secretário-geral do Podemos optou agora por pedir aos militantes para decidirem se deve ou não continuar à frente do partido, tendo avisado de que abandonaria o cargo, se a participação fosse baixa.

Os militantes responderam à pergunta: "Considera que Pablo Iglesias e Irene Montero devem continuar à frente da Secretaria-Geral e do cargo de porta-voz parlamentar do Podemos?".

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  • Anónimo
    28 mai, 2018 15:32
    Assim "não podemos". Um dirigente político que acha que não se pode fazer mais no Estado Espanhol do que se fez na Grécia (onde Tsipras traiu a classe trabalhadora) e que se opõe à auto-determinação do povo catalão não se pode dizer de esquerda! O Podemos não é mais que o PSOE II. Se querem partidos de esquerda a sério no Estado Espanhol têm a ERC ou as CUP. Infelizmente só se candidatam na Catalunha e o espanholismo domina no resto do Estado Espanhol.
  • Helena Matos
    28 mai, 2018 Coimbra 10:54
    O "Iglésias 600 mil" lá continua sem vergonha na cara. Esta do referendo não lembra ao careca, mas lembrou ao cabeludo, num acto de demagogia sem vergonha. A pergunta impõe-se, tal como Iglésias a fez há 5 anos: "Entregarias a política económica de um país a alguém que gasta 600 mil euros num apartamento de luxo?". Afinal o que é que mudou? 600 mil já não são mais de meio milhão? A pipa de massa numa mão da esquerda é mais limpinha do que numa mão da direita? O facto de os coleguinhas de partido terem optado pela sua continuaçao à frente do mesmo só significa uma coisa: todos eles, ou grande parte, vão demonstrando, dia a dia, por actos concretos q, agora a casa, logo o carro, depois as férias, a sua vidinha é igualzinha ou pretende ser igualzinha à daqueles que criticam. Por isso, como podiam votar contra, se todos, ou quase todos, tem telhados de vidro? Com esta votação, saiu-hes um fardo de cima. Chega de vida pretensamente monástica à pala de uns qtos chavões q se disseram qdo ainda não cheirava a poder. Agora outro galo canta, e toca a mandar às urtigas umas palermices q se dizem para conseguir votos, q o mesmo é dizer, para enganar o povo. E o que fala mais alto e os leva a criticar a vidinha dos outros é, táo somente, a inveja, em 1º lugar e a ânsia de ganhar votos do povão (q os julga a defender os mais pobres). Tudo farinha do mesmo saco, com uma agravante neste caso: a pretensa moralidade não passa disso, na primeira curva desmascara-se.

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