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Brasil. Governo promete detenções e multas

26 mai, 2018 - 19:50

Em causa a paralisação de camionistas que está a afetar o país há vários dias.

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O Governo do Brasil garante que vai deter vários suspeitos de promoverem a greve que paralisou o país e assinala que começaram a ser cobradas multas às transportadoras que prosseguem com os protestos.

O ministro da secretaria do Governo, Carlos Marun, assegurou que investigações da Polícia Federal permitiram estabelecer bases sólidas para pedir a prisão de suspeitos de prosseguirem com a greve, que interrompeu o abastecimento de bens alimentares e produtos petrolíferos, e paralisou o Brasil nos últimos dias.

Marun referiu que as autoridades esperam "a manifestação da Justiça" para tornar as detenções efetivas, pelo que o ministro não apresentou mais detalhes devido a estarem a decorrer investigações.

O governante prestou declarações em conferência de imprensa realizada no final de uma reunião do Presidente do Brasil, Michel Temer, com os membros do gabinete de crises, para avaliar a situação das estradas federais.

A Polícia Federal está a investigar se algumas empresas aproveitaram a greve dos camionistas para uma paragem dos seus trabalhadores e com isso obterem benefícios para o setor, o que está proibido por lei.

O Brasil está paralisado desde o início da semana devido à greve dos camionistas, que bloquearam estradas e deixaram de abastecer o país, a maior economia da América do Sul.

Quase 90% do abastecimento de alimentos e combustíveis do país é feito por transporte rodoviário.

Os bloqueios de estradas continuam embora o período de suspensão da greve durante 15 dias, acordado entre sindicatos e Governo, em troca de um possível "imposto zero" para o diesel e outras concessões.

Marun indicou hoje que o Governo começou já a aplicar multas de 100.000 reais por hora (23.000 euros) às empresas de transporte que não respeitem o acordo firmado para desbloquear as estradas.

Os manifestantes que não retirarem os camiões que obstruem uma via serão igualmente multados com 10.000 reais (2.340 euros).

O ministro assinalou que as primeiras medidas do Governo, que anunciou a intervenção das forças federais para desbloquear estradas, garantiram o abastecimento de combustíveis a várias centrais termoelétricas no norte do país, assim como nos aeroportos de Congonhas, em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Marun disse que Temer está "particularmente preocupado" com a situação sanitária no país e com as vidas que podem estar em risco por causa da greve, enquanto reiterou que o diálogo com os camionistas "não está interrompido", mas o progresso depende de tempo para se procurarem soluções e alternativas.

Comentários
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  • Anónimo
    27 mai, 2018 14:52
    Um governo corrupto e ilegítimo no qual ninguém votou! Com Lula e Dilma os preços da gasolina mantinham-se estáveis! Povo burro que acredita em impeachments e Moros...

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