25 mai, 2018 - 17:20
O Governo do Brasil deu ordens às Forças Armadas para estejam em prontidão para desbloquear o protesto dos camionistas, que entrou esta sexta-feira no seu quinto dia consecutivo.
Num discurso no Palácio do Planalto, o Presidente brasileiro, Michel Temer, anunciou que accionou as forças federais para desbloquear as estradas ocupadas pelos camionistas em greve. Numa nota de imprensa, o Ministério da Segurança Pública informa que as forças federais incluem o Exército, a Marinha, Força Aérea e a Polícia Rodoviária Federal.
Os motoristas estão a cortar estradas em todo o país. De acordo com o jornal “A Folha de São Paulo”, já foram registadas mais de 500 paralisações e protestos.
"Comunico que accionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo", declarou o chefe de Estado. "Não vamos permitir que a população fique sem géneros de primeira necessidade. Não vamos permitir que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas. Não vamos permitir que crianças sejam prejudicadas pelo fechamento de escolas, como não vamos permitir que produtores tenham seu trabalho mais afetado."
Temer diz que optou por accionar as forças federais depois de um conselho de ministros para uma "avaliação de segurança" sobre a situação. Apesar do acordo firmado entre o Governo e representantes do setor na noite de quinta-feira, uma "minoria radical" insiste em manter as paralisações, criticou o Presidente.
O descontentamento dos camionistas com o aumento do preço dos combustíveis já está a ter consequências no dia-a-dia dos brasileiros.
Os aeroportos estão a operar com limitações e alguns voos foram cancelados devido à falta de combustível. Em Brasília, a capital, já não há combustível para os aviões e pelo menos cinco voos ficaram em terra esta sexta-feira.
A cidade de São Paulo, com cerca de 12 milhões de habitantes, decretou o estado de emergência. Metade dos autocarros dos transportes públicos estão parados por falta de gasóleo.