Tempo
|
A+ / A-

Sete meses depois, Harvey Weinstein entrega-se à polícia

25 mai, 2018 - 12:37

Produtor de Hollywood enfrenta duas acusações formais, após mais de 100 mulheres o terem acusado de assédio, abuso sexual e violação.

A+ / A-

Sete meses depois de ter sido alvo da primeira denúncia pública de abusos sexuais, num escândalo que acabaria por ganhar proporções míticas e dar origem ao movimento #MeToo, Harvey Weinstein entregou-se finalmente à Justiça na cidade de Nova Iorque esta sexta-feira de manhã.

O produtor de Hollywood, acusado de assédio sexual, abusos e violação por mais de 100 mulheres, será formalmente acusado de violação.

O jornal "New York Times" diz que o antigo produtor de cinema negociou um acordo com a procuradoria para poder ser libertado sob fiança. Terá de pagar uma caução estipulada em um milhão de dólares, para além de ter de entregar o seu passaporte e usar pulseira eletrónica até o processo judicial estar concluído.

Weinstein é representado por Ben Brafman, célebre advogado que, em 2011, conseguiu que as acusações de assédio e abusos sexuais contra o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, fossem abandonadas.

Desde as primeiras revelações, no outono de 2017, mais de uma centena de mulheres, incluindo atrizes como Angelina Jolie, Uma Thurman, Gwyneth Paltrow ou Rose McGowan, acusaram Weinstein de uma série de abusos que vão desde o assédio sexual à violação.

Apesar de o número de vítimas ascender às dezenas, uma fonte avançou esta sexta-feira à CNN que Weinstein só vai ser formalmente acusado de violação de uma mulher e de ter obrigado a outra a fazer-lhe sexo oral.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Fernando Machado
    25 mai, 2018 Porto 16:03
    É preciso algema-lo ? Este procedimento torna-se caricato. Quanto aos assédios de que é acusado, deixei-me rir....só passado tantos anos é que a coisa salta para a ribalta. Vê-se que as gajas estão a ficar velhas e os rendimentos brutais que auferiam, acabaram. Vai daí, tentarem uma indemnização para prosseguirem as vidas de luxo.Se fosse um pé rapado que as violasse nem iam à esquadra fazer queixa.
  • Anónimo
    25 mai, 2018 14:52
    Fico à espera dos comentários da escumalha misógina que tanto atacou o movimento #MeToo.

Destaques V+