25 mai, 2018 - 12:21
Lúcio Correia não dá a realização da assembleia geral de destituição de Bruno de Carvalho como um dado adquirido. O especialista em direito desportivo diz, em entrevista à Renascença, que "qualquer sócio do Sporting pode intentar uma providência cautelar" para impedir a reunião agendada por Marta Soares para 23 de junho.
O fundamento para solicitar a impugnação da magna terá de ser ancorado num argumento devidamente sustentado. Por um lado, podem ser alegadas irregularidades na deliberação. Por outro lado, o pedido de impugnação pode ser baseado na ideia de que "o agendamento dessa assembleia geral provoque um dano apreciável na instituição Sporting". "Ou seja, que a realização da assembleia seja um prejuízo maior do que a realização da própria assembleia", escalrece Lúcio Correia.
O que o jurista conclui é que, independentemente do que acontecer, é que esta situação vai provocar uma grande divisão no clube "com contornos imprevisíveis". Bruno de Carvalho já garantiu que irá avançar com o pedido de impugnação da assembleia geral destitutiva marcada por Jaime Marta Soares, presidente da Assembleia Geral da SAD leonina.
Lúcio Correia explica que a providência cautelar terá de ser intentada nos próximos dez dias, para respeitar os prazos legais, mas aconteça o que acontecer "todos os atos dos órgãos sociais que estão neste momento em curso são válidos até que venham a ser substituídos".