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Petróleo no Algarve. "Há que definir prioridades", dizem hoteleiros

24 mai, 2018 - 12:36

Associação fala em contradição entre a imagem de Portugal como melhor destino turístico do mundo e a existência de uma indústria poluidora.

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A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) condena a decisão de avançar com prospeção de petróleo ao largo de Aljezur. Em causa está uma "indústria poluidora" que prejudicará o turismo, alegam.

A "simples associação da marca ‘Portugal’ e ‘Algarve’ a uma indústria poluidora como a exploração de petróleo será muito negativa para o turismo", lembra a AHP no comunicado divulgado nesta quinta-feira, onde lembra a posição já afirmada desde 2016, quando surgiram as primeiras notícias sobre a pesquisa e prospeção de petróleo.

Na opinião do presidente da associação, Raul Martins, "o turismo sustentável e a prospeção de petróleo não são compatíveis. Já para não falar da imagem que passa de Portugal, melhor destino do mundo, associado a uma indústria tão poluidora como esta. Há que definir prioridades", defende no documento.

Por isso, defende a AHP, a recente decisão de se avançar sem uma avaliação de impacte ambiental "é claramente nociva, uma vez que a ‘simples’ prospeção é suscetível de gerar impactos negativos" na fauna e na flora, além de afetar a "imagem do destino e as comunidades residentes que têm no mar uma importante fonte de rendimento".

Em 16 de maio, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) decidiu dispensar o furo de pesquisa de petróleo do consórcio Eni/Galp daquela avaliação ambiental, referindo que "não foram identificados impactos negativos significativos" na realização do furo de prospeção petrolífera.

Entretanto, o consórcio fez saber que vai desenvolver atividades de planeamento para iniciar a pesquisa de petróleo dentro das condições estabelecidas pela APA.

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