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Marcelo saúda Espanha "una e eterna", diante do rei Felipe VI

21 mai, 2018 - 14:11

"Agradeço de coração pelas suas manifestações tão constantes de afetos a Espanha", respondeu o monarca espanhol num encontro em Salamanca.

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O Presidente da República fez esta segunda-feira, em Salamanca, uma saudação a uma Espanha “una e eterna”, na presença do rei Felipe VI, num momento marcado por nova crispação nas relações entre o Governo de Madrid e a Catalunha.

“Saúdo Espanha, una e eterna, na sua projeção e reconhecimento”, disse o Presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no arranque da sua intervenção na sessão inaugural do IV Encontro de Reitores Universia, que reúne hoje e terça-feira mais de 600 representantes de universidades e politécnicos, maioritariamente ibero-americanos, em Salamanca, cuja universidade está a assinalar 800 anos de vida.

A saudação arrancou o primeiro grande aplauso do auditório e teve, alguns minutos depois, resposta do rei Felipe VI. "Agradeço de coração pelas suas manifestações tão constantes de afetos a Espanha", disse o monarca espanhol na intervenção que encerrou a sessão inaugural do encontro de reitores.

A constituição do novo Governo autonómico da Catalunha proposta pelo presidente independentista Quim Torra não recolheu a aprovação do Governo central de Madrid, tendo o presidente do executivo espanhol, Mariano Rajoy, defendido que a Catalunha tem que ter um Governo “que cumpra a lei”.

Em causa está a nomeação para o Governo autonómico de quatro conselheiros que ou estão exilados ou estão detidos.

O Governo de Espanha qualificou de “provocação” as nomeações feitas pelo presidente do governo regional da Catalunha de quatro conselheiros, uns detidos outros exilados, e assegurou que vai avaliar “a viabilidade” do novo executivo regional.

Quim Torra incluiu no seu executivo Jordi Turull e Josep Rull, detidos, e Antoni Comín e Lluís Puig, fugidos na Bélgica.

Em comunicado, o Governo espanhol afirmou que as nomeações mostram que “não é sincera” a vontade de diálogo manifestada na carta que Torra enviou na sexta-feira ao primeiro-ministro, Mariano Rajoy.

Quim Torra foi indicado por Carles Puigdemont, que fugiu para a Alemanha e que continua a aguardar uma decisão sobre o mandado europeu de detenção emitido pela Justiça espanhola, que pede a sua extradição, para o julgar por sedição e outros crimes.

A nomeação de Torra pôs fim ao impasse político, que durou quase cinco meses, resultante das eleições regionais de 21 de dezembro, nas quais os partidos independentistas voltaram a ter uma maioria no parlamento da Catalunha.

Quim Torra tomou posse como chefe do governo catalão na quinta-feira em Barcelona sem jurar respeitar a Constituição espanhola, mas apenas “a vontade do povo catalão”, numa cerimónia à qual não assistiu qualquer representante do Governo central.

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  • Anónimo
    22 mai, 2018 14:35
    Foi para isto que se fez o 1º de Dezembro? Foi para isto que se fez o 5 de Outubro? Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
  • Anti-españolista
    22 mai, 2018 14:34
    Viva Portugal! Visca Catalunya! Gora Euskadi! España = mierda de prisión de pueblos!
  • Anónimo
    22 mai, 2018 14:31
    Como se não bastasse os portugueses (isto é, metade dos que foram votar) terem elegido para Presidente da REPÚBLICA um monárquico, além disso também elegeram um lacaio do estado fascista espanhol de Mariano Rajoy Brey. Em 1640 os portugueses lutaram contra uma Espanha "una e eterna", em 2016 votaram num presidente que é um lacaio dessa mesma Espanha opressora.
  • Pedro
    21 mai, 2018 Lisboa 18:20
    Este Marcelo é um traidor de primeira, sem qualquer espinha, dobrando-se perante um pseudo-país que nem sequer aceita a nossa existência como nação independente. Portugal com estes tristes representantes, bateu mesmo no fundo!

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