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Bruno de Carvalho não se demite

17 mai, 2018 - 23:02

O presidente do Sporting lamenta o facto de, "num momento em que se pede responsabilidade e racionalidade", ver ameaças e demissões. Bruno garante que se mantém no cargo por sentido de responsabilidade, não por estar agarrado ao poder.

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Bruno de Carvalho garantiu que não se vai demitir da presidência do Sporting. Em comunicado do Conselho Diretivo, o líder leonino sublinhou que a sua decisão é para "bem do Sporting".

"Estão aqui presentes membros do Conselho Diretivo, da Comissão Executiva da SAD e um membro do Conselho Fiscal e Disciplinar. O Sporting está a ser alvo de um ataque interno e externo sem precedentes, com ameaças várias. O objetivo é claramente obrigar à nossa demissão. Para que fique claro desde já, não nos vamos demitir. Sentimos que o nosso dever é, a bem do Sporting, ficar", anunciou Bruno.

O líder leonino lamentou o facto de, "num momento em que se pede responsabilidade e racionalidade a todos os elementos dos órgãos sociais", ver "pedidos e ameaças de demissões, pressões tremendas para mais demissões, inclusivamente dizendo às pessoas que nunca mais terão trabalho na sua vida". Os "superiores interesses" do Sporting "estão a ser colocados de lado, para tentar dar corpo a um golpe manobrado desde fora em conluio com alguns dirigentes dos atuais órgãos sociais".

Bruno fez um ataque ao presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting, Jaime Marta Soares: "Jogamos, no domingo, a Taça de Portugal e temos um empréstimo obrigacionista para lançar nos próximos dias. Depois, estaremos à disposição dos sócios. Por isso, pedimos uma assembleia geral extraordinária para os ouvir sobre tudo o que se tem passado, da forma mais tranquila possível. Mas em vez disso, são os de dentro a ajudar os de fora nestes ataques torpes. Não deixaremos de averiguar a fundo os interesses cruzados na vida do clube".

"As manobras dos rivais já as percebemos. Mas as manobras daqueles que deviam estar unidos em torno dos superiores interesses também não são por nós desconhecidas. O que move estes sportinguistas com responsabilidades dentro do clube? Iremos percebê-lo, com certeza, em breve", avisou Bruno de Carvalho, dirigente máximo do Sporting.

"Não nos demitimos a bem do Sporting, pelas responsabilidades que assumimos. Não por estarmos agarrados ao poder. Estamos disponíveis para prestar todos os esclarecimentos, como ficou claro no pedido de uma assembleia geral extraordinária. Esse é o local próprio para esclarecer tudo", sublinhou. "Os que sempre garantiram o normal funcionamento do clube são os únicos órgãos executivos, que estão comigo e sempre estiveram. E sempre continuarão", atirou Bruno.

Vice-presidente fala em manipulação aos jogadores

Carlos Vieira, vice-presidente do Sporting, referiu que os sócios "têm sido bombardeados com inúmeras especulações sobre a eventual vontade" dos jogadores leoninos de rescindirem os seus contratos.

"Iremos averiguar ao pormenor todas as manobras que estão a ser feitas por forma a noticiar tais ameaças e que interesses se movem por detrás destes interesses", prometeu. "Tememos que os jogadores, por choque com toda esta situação, possam estar a ser manobrados e enredados em algo que está a tentar desvirtuar o seu profissionalismo, numa pretensa rixa com o presidente", referiu Carlos Vieira, que desmentiu tal rixa:

"Assisti, na passada segunda-feira, a uma reunião em que o presidente esteve com os jogadores e onde existiu um claro apoio do presidente a estes, um claro comprometimento de todos os jogadores com o clube e SAD, e obviamente comprometimento em vencer a final do Jamor".

Vieira falou das agressões em Alcochete e admitiu que, caso o plantel rescinda contrato com o Sporting, as consequências serão negativas.

"Esperamos conhecer brevemente os responsáveis pelo ato hediondo de terrorismo que mais uma vez repudiamos e que manchou o nome do Sporting, da SAD e do seu presidente, e que provocou a destruição de ativos da SAD e de particulares. Se este horrível acontecimento for motivo para rescisão por justa causa, o paradigma do mercado futebolístico tal e qual o conhecemos ficaria posto em causa", frisou.

O "vice" de Bruno de Carvalho não deixou de abordar as suspeitas de corrupção no futebol do Sporting, que originaram a operação "Cashball", em que o "team manager" leonino, André Geraldes, é arguido.

"Fomos atacados na nossa dignidade. Colocaram em causa vitórias da equipa de futebol, que foram conquistadas com todo o mérito, nos relvados. Temos o treinador mais bem pago do país e o plantel considerado o mais valioso e acusam-nos de comprar jogos. A justiça está a trabalhar, nós estamos a colaborar e aguardamos serenamente e de consciência absolutamente tranquila pelo desfecho deste processo."

Comentários
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  • antirouge
    18 mai, 2018 Setúbal 21:57
    Este deve ser parente do Maduro!
  • 18 mai, 2018 11:11
    Pelos vistos so os ricos tem direito a regatiar o preco do fisco! Deve ser para alimentar a filharada!

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