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Transtejo em greve às horas extraordinárias a 11 e 12 de junho

17 mai, 2018 - 19:11

Admite-se que esta paragem de três horas por turno tenha “um grande impacto”.

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Os trabalhadores da Transtejo decidiram, em plenário, uma greve às horas extraordinárias, com efeitos imediatos, e a interrupção, de três horas por turno, ao serviço prestado nos dias 11 e 12 de junho, vésperas do feriado de Lisboa.

"A ideia que os trabalhadores têm é que [a greve] vai provocar um grande impacto, dado que os dias 11 e 12 são vésperas dos Santos Populares em Lisboa e que há um grande tráfego entre as duas margens", declarou à Lusa Paulo Lopes, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), após o plenário geral dos trabalhadores da Transtejo.

Ressalvando que "esta foi uma proposta apresentada pelo plenário, nem foi uma proposta apresentada pelos sindicatos", o responsável da FECTRANS disse que as ações de luta agendadas foram motivas pela "paragem total da negociação do Acordo de Empresa (AE)", em que se pretende a valorização salarial dos trabalhadores da Transtejo.

Na perspetiva da FECTRANS, trata-se de concretizar o acordado em dezembro de 2016 e confirmado no acordo de maio de 2017 entre os sindicatos e o conselho de administração da Transtejo, nomeadamente "a integração de 50% do prémio de assiduidade e da integração total do adicional de remuneração, além de se proceder a um aumento salarial que tenha em conta que os trabalhadores não são aumentados desde 2009".

Sobre o impacto do plenário de hoje no serviço regular prestado pela Transtejo, Paulo Lopes considerou que "não é significativo", explicando que a paralisação ocorreu durante "cerca de três horas" num período de menos afluência de passageiros.

O plenário geral de trabalhadores da Transtejo realizou-se hoje, entre as 14h30 e as 17h30, provocando perturbações nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria.

Com as mesmas reivindicações, os trabalhadores da Soflusa marcaram um plenário geral para sexta-feira, prevendo-se a interrupção das carreiras do serviço regular da ligação fluvial Barreiro -- Terreiro do Paço, entre as 13h25 e as 16h50.

"Após três reuniões com o conselho de administração, tendo em vista a revisão do Acordo de Empresa, continuamos sem qualquer perspetiva de alguma conclusão viável, apesar de as estruturas sindicais terem apresentado diversas propostas com vista, designadamente, à valorização salarial dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, por isso, vamos realizar plenários gerais de trabalhadores com paralisação", afirmou a FECTRANS, em comunicado.

Às propostas sindicais, o conselho de administração da Transtejo e da Soflusa respondeu que, "não tendo sido publicada a Lei de Execução Orçamental, não está em condições de fazer qualquer proposta de aumentos salariais", informou a FECTRANS.

No caso da Soflusa, os sindicatos defendem que se trata de "concretizar a integração de 50% do prémio de assiduidade e da integração total do Subsídio de Catamaran, além de se proceder a um aumento salarial, que tenha em conta que os trabalhadores não são aumentados desde 2009", explicando que a medida foi acordada em dezembro de 2016 e confirmada no acordo de maio de 2017.

De acordo com a FECTRANS, a resposta das empresas Transtejo e Soflusa está a originar "uma situação de impasse, que levou os Órgãos Representativos dos Trabalhadores (ORT) a apresentarem formalmente um protesto exigindo da empresa a clarificação da sua posição".

Apesar de estar marcada uma nova reunião para a próxima quarta-feira com o conselho de administração da Transtejo e da Soflusa, "torna-se necessário ouvir e informar os trabalhadores sobre a situação criada, pelo que se vai convocar um plenário geral, com paralisação da atividade".

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