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​Furo de prospeção de petróleo em Aljezur vai avançar

16 mai, 2018 - 17:22

Agência Portuguesa do Ambiente dispensa estudo de impacto ambiental. Quercus critica cedência do Governo.

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A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dispensou de estudo de impacto ambiental a prospeção de petróleo ao largo de Aljezur pelo consórcio Eni/Galp.

O presidente da APA, Nuno Lacasta, justificou a decisão referindo que "não foram identificados impactos negativos significativos" na realização do furo de prospeção petrolífera.

A decisão da APA foi anunciada esta quarta-feira em conferência de imprensa, na sede da Agência, no último dia do prazo previsto.

Quercus critica cedência do Governo

A organização ambientalista Quercus critica a decisão do Governo de dispensar de estudo de impacto ambiental a prospeção de petróleo ao largo de Aljezur dizendo que o executivo cedeu aos interesses do consórcio Eni/Galp.

"Há uma cedência aos interesses do consórcio em detrimento dos interesses de outros setores da sociedade, por exemplo do turismo e das pescas e de autarcas da região que já se manifestaram contra a prospeção", disse à agência Lusa João Branco, presidente da Quercus.

O presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, justificou a decisão de não realizar o estudo de impacto ambiental referindo que "não foram identificados impactos negativos significativos" na realização do furo de prospeção petrolífera.

A decisão da APA "é errada", criticou João Branco, alegando que já ocorreram acidentes em alguns locais do mundo que têm exploração de petróleo que "já provaram que pode haver impactos ambientais relevantes".

"A atividade de prospeção de petróleo não é isenta de riscos em várias fases do processo, sendo indesejável que seja feita ao largo de Portugal, um país com vocação turística e de pesca", acrescentou.

O presidente da Quercus criticou também o facto de, com esta decisão, não ser possível "as dezenas de milhares de pessoas que estão contra" se manifestarem.

"O Governo devia voltar atrás nesta decisão e promover um procedimento de impacto ambiental, um processo transparente", frisou João Branco, considerando que houve cedências aos interesses do consórcio Eni/Galp.

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