16 mai, 2018 - 12:46 • João Fonseca
Luiz Carlos Andrade, presidente da SAD do Desportivo das Aves, repudia os acontecimentos porque passaram treinadores e jogadores do Sporting, na Academia de Alcochete, e revela, em Bola Branca, que o grupo de trabalho comandado por José Mota está "solidário".
"Os nossos jogadores não gostaram. Estão solidários com todos os atletas. Os jogadores são todos amigos, conhecidos e têm boas relações. Ninguém gosta disto. Queremos jogar, ganhar em campo e fazer o melhor jogo possível. Fora do campo somos todos amigos, todos solidários e não queremos, de maneira alguma, situações dramáticas em que as pessoas e as famílias estão a sofrer", começa por dizer.
Desportivo das Aves preparado para a final
O dirigente recusa comentar possíveis ausências do lado leonino, como Bas Dost e outros, porque quer a sua equipa "preparada para jogar com quem for" escolhido por Jorge Jesus.
"O nosso objetivo é estarmos concentrados para enfrentar um Sporting forte. Um Sporting com jogadores a entrarem em campo com muita garra, ambição e, se calhar, muito mais agora porque isto serviu para os fortalecer emocionalmente. As pessoas perguntam se vamos encontrar um Sporting frágil e eu acho o oposto. Vamos encontrar um Sporting muito forte e muito motivado", diz o líder da SAD avense.
Adiamento da final da Taça de Portugal
O cenário de adiamento da final da Taça de Portugal tem sido falado na opinião pública e o dirigente estaria recetivo a aceitar se estivesse em causa "a segurança de todos". "Desde que fosse para evitar uma catástrofe maior", destaca, apesar de acreditar que estarão reunidas as condições necessárias para a realização do jogo, no domingo.
Luiz Andrade considera que a acontecer seria "muito ingrato, tanto para o Sporting, como para o Aves". "Não realizar uma final de uma taça por terrorismo e medo que aconteçam coisas trágicas, seria gravíssimo", avança.
O apelo e o prémio
A fechar a entrevista a Bola Branca, o líder do clube de Santo Tirso faz um apelo aos jogadores do Sporting. Compreendendo as marcas deixadas pela experiências vividas nas últimas horas, pede-lhes um esforço extra.
"Como presidente de um clube e ser humano apelo a todos os jogadores diplomacia, profissionalismo e que as famílias deles estejam bem e eles também. Que eles consigam fazer o seu trabalho, que é para isso que recebem. Que façam aquilo para que são treinados todos os dias e para o que têm o dom. Agora, se querem ou não jogar não sou eu que tenho de decidir", observa.
Quanto ao grupo comandado por José Mota confirma que haverá prémio em caso de vitória no Jamor.
"Vamos conversar e estipular um prémio para eles. Mas um prémio mais simbólico. É simbólico porque o prémio é chegar à final, ter a história para contar aos filhos e netos, é fazer o jogo da vida deles. Não há valor financeiro nenhum que cubra isso", sublinha Luiz Carlos Andrade.
A final da Taça de Portugal está agendada para domingo, às 17h15. O jogo entre Sporting e Aves tem relato na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.