16 mai, 2018 - 08:13
As temperaturas máximas vão descer entre dois a cinco graus em todo o território na sexta-feira, altura em que se prevê o regresso dos aguaceiros fracos às regiões do interior.
Mas esta quarta-feira ainda está previsto calor, com um dia de céu pouco nublado ou limpo. “Vamos ter em todo o território valores de temperatura a variar entre os 24 e 27 graus”, refere a meteorologista Maria João Frada à agência Lusa.
“Na região do Vale do Tejo e em particular na Grande Lisboa e interior do Alentejo e interior Centro vão rondar os 30 graus", acrescenta.
Para quinta-feira, já está prevista uma pequena descida dos valores da temperatura máxima na região Sul e também na região de Lisboa devido à mudança do vento do quadrante leste para o quadrante oeste.
“Nas restantes regiões ainda se preveem temperaturas relativamente elevadas sem variação relativamente ao dia de hoje e por outro lado haverá nebulosidade a partir da manhã nas regiões do interior Norte e Centro onde há possibilidade de ocorrência de trovoadas e aguaceiros pouco prováveis. A probabilidade de acontecer é muito baixa", indica a meteorologista.
Contudo, a partir de sexta-feira e até ao fim-de-semana, aumenta a probabilidade de aguaceiros e trovoadas nas regiões do interior.
"A temperatura máxima tem tendência a descer em todo o território na sexta-feira e de forma mais significativa entre os 2 a 4/5 graus, ou até mais, e depois vão manter-se estáveis durante o fim de semana", adianta Maria João Frada.
Está prevista também nebulosidade baixa, neblinas e nevoeiros a afetar o litoral oeste com tendência a dissipar ao longo da manhã.
Todas as regiões do país com risco muito elevado à radiação UV
Todas as regiões do continente, Açores e Madeira apresentam esta quarta-feira um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), avança o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.
Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).
Cinco concelhos em risco muito elevado de incêndio
Cinco concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Santarém e Castelo Branco apresentam hoje um risco muito elevado de incêndio: Castro Marim (Faro), Gavião (Portalegre), Mação (Santarém) e Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão (Castelo Branco).
O IPMA colocou também em risco elevado de incêndio cerca de meia centena de concelhos dos distritos de Faro, Portalegre, Castelo Branco, Santarém, Aveiro, Guarda, Viseu, Bragança e Vila Real.
O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o reduzido e o máximo.
Na terça-feira, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) alertou para o aumento do perigo de incêndio florestal, especialmente no interior norte e centro, devido ao tempo quente e seco previsto até quinta-feira.
Num aviso à população, a ANPC adianta que, em função da previsão do tempo quente e seco e vento moderado, são expectáveis condições favoráveis à eventual ocorrência e propagação de incêndios florestais, com especial incidência no interior norte e centro.
O alerta da Proteção Civil surge após a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicando que, a partir de hoje e até quinta-feira, as previsões apontam para um período de tempo seco, com subida de temperatura para valores na ordem dos 30 graus centígrados, vento moderado e redução dos valores referentes à humidade relativa do ar.
Nesse sentido, a ANPC indica que, de acordo com as disposições legais em vigor, para os locais onde o índice de risco temporal de incêndio seja superior ao nível elevado, não é permitido a realização de queimadas, nem de fogueiras, a utilização de equipamentos de queima e de combustão destinados à iluminação ou à confeção de alimentos, queimar matos cortados e proibido fumar nos espaços florestais e vias que os circunde, bem como lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes.
Na realização de trabalhos agrícolas e florestais, a Proteção Civil refere que não é aconselhável o uso do fogo nos próximos três dias.
O combate aos incêndios teve na terça-feira o primeiro reforço de meios com a entrada em vigor do agora denominado "nível II", mas dos 32 meios aéreos previstos apenas estão disponíveis 13.
A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o dispositivo especial de combate a incêndios rurais (DECIR) para este ano, indica que, até 31 de maio, os meios vão ser reforçados, integrando neste período até 6.290 elementos e até 1.473 veículos dos vários agentes presentes no terreno.