16 mai, 2018 - 07:17
Dez crianças, entre os quatro meses e os 12 anos, foram retiradas de casa, na Califórnia, nos Estados Unidos, onde viviam entre lixo, comida estragada, fezes e urina.
As autoridades descobriram o caso depois de a mãe ter dado o filho mais velho, de 12 anos, como desaparecido. O rapaz foi encontrado a dormir no jardim de uma casa perto da sua.
Segundo a polícia, as crianças contaram que sofreram cortes, queimaduras e hematomas e apresentavam sinais de terem sido atingidas com armas de fogo ou de ar comprimido. Nenhum deles frequentava a escola.
A mãe das crianças, Ina Rogers, de 30 anos, foi detida a 31 de março, sendo depois libertada sob fiança. O pai, Jonathan Allen, de 29 anos, está sob custódia. Ambos enfrentam agora acusações de negligência, tortura e abuso de crianças.
Esta segunda-feira, a mãe fez uma visita guiada aos jornalistas pela casa da família. Os meios de comunicação norte-americanos descrevem uma casa com quatro quartos, com paredes arranhadas e fezes de animais na banheira.
Ian Rogers diz que os filhos dormiam todos no mesmo quarto porque eram muito próximos uns dos outros e justifica que a casa só estava naquelas condições quando a polícia chegou porque tinham revirado tudo para encontrar o filho mais velho. Alega que a família está a ser julgada por ter muitos filhos e por ter escolhido ensiná-los em casa, em vez de os matricular na escola.
A "casa dos horrores"
Este caso traz à memória um outro descoberto no início do ano, também na Califórnia, e que ficou conhecido como a “casa dos horrores”. Os pais mantinham em cativeiro treze filhos, entre os dois e os 29 anos, acorrentados e separados em diferentes divisões. Não tinham televisão, nem rádio, mas tinham centenas de cadernos para escrever.
O caso foi descoberto quando uma das vítimas, uma rapariga de 17 anos, conseguiu fugir de casa. As autoridades encontraram os irmãos sujos e esfomeados. Os pais estão a ser julgados em tribunal.