14 mai, 2018 - 23:02
Os portugueses “não se podem resignar” perante a desonestidade, apela a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).
Numa nota sobre a relevância da honestidade divulgada esta segunda-feira, a comissão começa por referir os vários escândalos que nos últimos tempos têm assolado na sociedade portuguesa.
A CNJP estranha como “culturalmente parece ter-se instalado um sentimento generalizado de complacência”.
“Pode até chegar-se a considerar ‘esperto’ o mentiroso que não é apanhado”, lamenta o comunicado.
A Comissão Nacional Justiça e Paz defende que a “desonestidade não é uma fatalidade” e que os portugueses não podem baixar os braços.
“Não nos podemos resignar! Como se a desonestidade fosse uma fatalidade. Uma doença contagiosa para a qual não conhecêssemos ainda a terapêutica adequada. Tanto mais que nestes últimos tempos se tem vindo a confirmar o antigo adágio (recolhido pelos evangelhos sinópticos e colocado na boca de Jesus): não há nada oculto que não venha a ser conhecido.”
A Comissão Nacional Justiça e Paz alerta “para o facto de que quem sofre com a desonestidade instalada, aos mais diversos níveis, são sempre os pobres”.
“Nestes tempos que nos são dados viver não nos podemos resignar! Sabemos que não dará para mudar o passado. É verdade. Mas sabemos também que, se quisermos, a honestidade não será mais só um conceito abstrato. Será a qualidade primeira das nossas relações fraternas. E não é difícil! É até muito simples, fácil, rudimentar, se quisermos utilizá-la como material imprescindível na construção de um mundo mais justo e mais fraterno”, concluiu o comunicado da CNJP.