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Já se vota em Timor-Leste. País procura Governo em eleições antecipadas

11 mai, 2018 - 23:30

As últimas eleições tinham sido há menos de um ano.

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As assembleias de voto para as eleições legislativas em Timor-Leste abriram às 7h00 de sábado (23h00 de hoje em Lisboa), com funcionários e fiscais eleitorais, policiais e observadores a votarem primeiro.

O voto, de onde sairão os 65 membros do Parlamento Nacional, que terá depois o poder para formar o VIII Governo constitucional, ocorre menos de um ano depois dos timorenses terem votado.

Na Escola N.º 1 do Farol, no centro de Díli, como nos restantes estabelecimentos de ensino onde funcionam praticamente todos os locais de votação, o processo começou ainda antes das 07:00, com oficiais eleitorais, na presença de fiscais partidários e observadores, a selar as urnas.

Com quatro estações de voto, a escola é um dos três centros de votação do suco de Motael, na zona central da cidade de Díli, onde estão recenseados 3.990 eleitores.

No total, estão habilitados a votar 785 mil eleitores que vão poder votar até às 15h00, nas estações de voto, nas 1.160 estações de voto, repartidas por 885 centros de votação e instalados nos 452 sucos (equivalente a freguesias) do país.

Eleitores na diáspora podem ainda votar na Austrália (Darwin, Melbourne e Sydney), na Coreia do Sul (Seul), em Portugal (Lisboa e Porto) e no Reino Unido (em Dungannon, Londres e Oxford). No caso da diáspora as urnas abrem no mesmo período – 7h00 às 15h00 - na hora local.

Cerca de metade dos eleitores teve de se deslocar para outro ponto do país para votar, segundo estimativas das autoridades eleitorais, pelo que Díli está hoje mais tranquila do que o normal, algo que já se verificou especialmente na sexta-feira, segundo de dois dias de reflexão.

Cada uma das oito forças políticas candidatas pode ter até cinco fiscais por cada um dos centros de votação instalados em Timor-Leste.

A estes fiscais somam-se, já acreditados, 171 observadores internacionais (a maioria são australianos e não há representantes de qualquer Estado-membro da CPLP) e cerca de 3.000 nacionais.

Registaram-se para acompanhar o voto seis jornalistas internacionais - das agências Lusa, Nikke, AP e Kyodo - e 265 timorenses, dos quais o maior grupo (108 pessoas) é da televisão e rádio públicas (RTTL). Outros jornalistas internacionais estão no país ainda que não acreditados junto do STAE.

A acompanhar o voto estarão milhares de fiscais das oito forças política concorrentes, distribuídos pelos centros de votação e pelas estações de voto.

Destacados nos centros de votação estarão 5.392 fiscais, dos quais 1.936 da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), 1.726 da Frente de Desenvolvimento Democrático (FDD), 794 do Partido Democrático (PD) e 534 da Aliança de Mudança para o Progresso (AMP).

Nas estações de voto estão destacados 9.506 fiscais, o maior grupo da AMP (4.139), seguindo-se a Fretilin (2.222), a FDD (1,634) e o PD (1.511).

Para eleger qualquer deputado, as forças políticas têm que obter pelo menos 4% dos votos válidos, o que, caso se repetissem os votos de 2017, implicaram cerca de 23 mil votos.

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